“É a normalização de uma situação que, de facto, não era normal”
Pouco depois de emitir o comunicado com o decisão que revoga a suspensão de Martins Júnior, o bispo do Funchal aceitou fazer um pequeno comentário ao JM. Nessas breves respostas explica o processo baseado em humildade e encontros, num caminho feito em conjunto entre o bispo e o sacerdote.
Como comenta a decisão que acaba de ser anunciada sobre o fim da suspensão do padre Martins Júnior?
Creio que é um primeiro passo para uma solução de um problema que se arrastava há bastante tempo. E, de facto, neste momento, creio que já não havia razões para que a pena de suspensão continuasse a vigorar.
Fizemos um caminho, eu e o padre Martins, um caminho de alguns encontros e acabámos por chegar a esta solução que me parece equilibrada.
Sente que esta decisão corresponde a um dia histórico para a Igreja na Madeira?
Vamos lá ver: histórico são as grandes datas. Esta é a normalização de uma situação que, de facto, não era normal. Depois a história julgará como é que foi e se foi bem feito, eu espero que sim.
Fizemos isto com toda a humildade, com toda a simplicidade, sem grandes palavras e sem gestos teatrais. Foram uns encontros muito simples e muito francos.
Isto corresponde ao que disse, quando cá chegou, que ia procurar resolver os problemas com calma, com serenidade e com os protagonistas. Vem nessa linha esta decisão? Sim, sim exatamente. Passados alguns dias houve alguns contactos e depois disso fizemos este caminho, mas sim, corresponde exatamente a essa intenção.