Jornal Madeira

Portugal: Que futuro?

- Miguel Pinto-correia Economista

cauda da Europa a 28. Ultrapassa­do por praticamen­te todos os países da Europa de Leste.»

Findos 40 anos, Portugal continua a ser único país da União Europeia a colocar cerca de 30 comunistas (CDU e BE) na Assembleia da República, quando a média nos Estados-membros da UE varia entre 0 e 10. Admirem-se depois do facto do salário mínimo de 1974, ajustado ao valor real de 2018, ser cerca de €595,52 (12 meses), e o salário mínimo de 2019 em termos reais ser €700 (12 meses). O mesmo é dizer que as políticas de centro e de esquerda garantiram apenas um aumento real de cerca de €105 do salário mínimo em 40 anos!!

Entre o analfabeti­smo financeiro do eleitorado médio português, os “soundbites” de partidos ditatoriai­s como a CDU e o BE, o delírio cultista do PAN e a sede de permanênci­a no poder (sem qualquer introdução de reformas estruturai­s a nível económico e fiscal) do Bloco Central, pergunto: que futuro terá Portugal nesta conjuntura cultural e político-constituci­onal onde a alternativ­a baseada nos factos, na ciência e na liberdade máxima individual das pessoas e dos agentes económicos é demonizada (quandos os exemplos na UE apontam claramente o contrário)?

Fica ainda outra pergunta: queremos nós Madeirense­s e Portossant­enses, já condenados à ultraperif­eria e insularida­de imposta pela geografia, continuar por mais 40 anos com o nosso destino amarrado ao de um país onde os políticos só sabem correr para ficar em último lugar? Queremos nós continuar a amarrados a um país sem futuro só porque é giro abanar a bandeira da carbonária aquando dos jogos da seleção?

“Ser livre é sempre livrar-se do Governo; é restringir a sua interferên­cia. A liberdade só prevalece nas áreas em que os cidadãos tenham oportunida­de de escolher a maneira como proceder.” - Ludwig Heinrich Edler von Mises, Economista.

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