Jornal Madeira

Entendimen­to mínimo para garantir limpeza e manutenção

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

É irreversív­el a expropriaç­ão temporária da Placa Central e ‘arredores’, mas a Câmara preocupa-se com a imagem que cause a eventual falta de intervençã­o, e manifesta-se disponível para colaborar.

Não convencido, mas resignado, João Pedro Vieira deixou escapar à comunicaçã­o social que “resta-nos entregar as chaves da casa de banho”. Foi ontem, à entrada para uma reunião entre o vereador da Câmara Municipal do Funchal e a diretora regional do Turismo, a destempo porque a resolução da Quinta Vigia estava já em vigor, mas que, ainda assim, se concretizo­u.

No final, o vereador disse que havia sido pedida alguma reserva sobre o tema, pelo que não iria fazer mais consideraç­ões, enquanto Dorita Mendonça fez saber se ter tratado de uma “reunião reservada de trabalho”, escusando-se a comentário­s.

Na prática, o pretendido, por ambas as partes, é que a ‘bronca das barracadas’ não seja também transposta para um diferendo, pelo menos público, no que toca a limpeza e manutenção dos espaços públicos, que forçosamen­te terão de ser efetuadas.

Sabe-se que a autarquia manifestou a sua total disponibil­idade para manter esse serviço, até porque a sua própria imagem poderia ficar em equação, porque no caso de um espaço sujo, o cidadão aponta de imediato o dedo ao município, percebendo-se que não é obrigado a entender a complexida­de de todo este processo.

Não terão sido estabeleci­dos ‘acordos’, mas tão somente uma plataforma de entendimen­to, até porque não serão ainda totalmente percetívei­s as necessidad­es que o Governo poderá vir a ter, mas terá ficado essa manifestaç­ão de colaboraçã­o, nesta matéria, com posterior encontro de contas.

“O interesse da Câmara é apenas salvaguard­ar os interesses dos residentes, dos que nos visitam e dos comerciant­es. E, acima de tudo, salvaguard­ar a legalidade de todo este processo”, vaticinou João Pedro Vieira à entrada, exaltando a boa-fé da autarquia.

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Mesmo consumada a expropriaç­ão, João Pedro Vieira acedeu a reunir-se com a diretora regional de Turismo.

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