Entendimento mínimo para garantir limpeza e manutenção
É irreversível a expropriação temporária da Placa Central e ‘arredores’, mas a Câmara preocupa-se com a imagem que cause a eventual falta de intervenção, e manifesta-se disponível para colaborar.
Não convencido, mas resignado, João Pedro Vieira deixou escapar à comunicação social que “resta-nos entregar as chaves da casa de banho”. Foi ontem, à entrada para uma reunião entre o vereador da Câmara Municipal do Funchal e a diretora regional do Turismo, a destempo porque a resolução da Quinta Vigia estava já em vigor, mas que, ainda assim, se concretizou.
No final, o vereador disse que havia sido pedida alguma reserva sobre o tema, pelo que não iria fazer mais considerações, enquanto Dorita Mendonça fez saber se ter tratado de uma “reunião reservada de trabalho”, escusando-se a comentários.
Na prática, o pretendido, por ambas as partes, é que a ‘bronca das barracadas’ não seja também transposta para um diferendo, pelo menos público, no que toca a limpeza e manutenção dos espaços públicos, que forçosamente terão de ser efetuadas.
Sabe-se que a autarquia manifestou a sua total disponibilidade para manter esse serviço, até porque a sua própria imagem poderia ficar em equação, porque no caso de um espaço sujo, o cidadão aponta de imediato o dedo ao município, percebendo-se que não é obrigado a entender a complexidade de todo este processo.
Não terão sido estabelecidos ‘acordos’, mas tão somente uma plataforma de entendimento, até porque não serão ainda totalmente percetíveis as necessidades que o Governo poderá vir a ter, mas terá ficado essa manifestação de colaboração, nesta matéria, com posterior encontro de contas.
“O interesse da Câmara é apenas salvaguardar os interesses dos residentes, dos que nos visitam e dos comerciantes. E, acima de tudo, salvaguardar a legalidade de todo este processo”, vaticinou João Pedro Vieira à entrada, exaltando a boa-fé da autarquia.