Nova plataforma promete “fazer frente” à Uber
Num momento em que se vive um período complicado no setor dos táxis, o núcleo regional da CPPME dá a boa nova e garante que está a chegar uma nova plataforma que promete fazer concorrência à Uber.
O núcleo da Madeira da Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) levou a cabo, na tarde de ontem, na praça de táxis junto ao Jardim Municipal do Funchal, uma iniciativa que procurou denunciar “os problemas e ameaças” que recaem sobre o setor dos táxis na Região e onde o diretor do núcleo regional da CPPME avançou que está para chegar, dentro de poucas semanas, uma nova plataforma que pretende “fazer frente” à Uber.
“Poderá haver uma plataforma semelhante a chegar. A Confederação já teve a informação que sim, e será em breve. Essa é mais uma das coisas que vamos apoiar, porque é pelo bem-estar dos taxistas. Vamos lutar a favor do setor, buscar os direitos dos nossos associados e bater à porta dos governantes para perguntar porque é que estes trabalhadores não têm mais apoio por parte da Região”, afirmou Paulo Ricardo Azevedo, diretor do núcleo regional da CPPME.
O porta-voz da iniciativa falou ainda de uma “desorganização bastante grande” dentro do setor dos táxis e garante que tudo fará para “lutar” pelos direitos destes profissionais. “Nós já estivemos reunidos com um grupo parlamentar, na semana passada, para pedir a baixa do combustível. Vamos também começar a desenvolver um grupo com vários grupos parlamentares, para pedir o número de Uber, que não exceda muito os carros da nossa concorrência”, explicou.
Há 37 anos que Eusébio Gomes conduz o seu táxi, e a revolta pela situação que se vive atualmente fez com que se juntasse à Confederação de forma a ter voz ativa junto dos governantes. “Nós vamos fazer aquilo que a Associação não tem feito. Os meus colegas e eu queremos reivindicar, caso não seja feito o contingente da Uber”.
O taxista, que também foi em
Serviços SESARAM
O diretor regional do Núcleo da CPPME garantiu que os serviços do SESARAM é “outra das lutas” que vão agora iniciar. “Já tivemos reunidos com um grupo de taxistas e vamos agora marcar uma reunião com o presidente da SESARAM para saber o porquê de estarem ainda a dever 200 mil euros aos taxistas. Se os serviços estão feitos, se os recibos estão passados, então eles já pagaram esse IVA às finanças, portanto estes profissionais têm que receber esse dinheiro” disse.
O representante disse ainda ter conhecimento de um taxista que tem a receber 11 mil euros, de vários serviços que realizou à SESARAM, “é muito dinheiro” acusou.
Na Região são cerca de 1.600 taxistas, e supondo que “metade dessas pessoas comecem a perder o seu emprego e vender os seus direitos, vai muita gente para o desemprego” e essa, é a luta que a CPPME pretende travar.