Jornal Madeira

Nova plataforma promete “fazer frente” à Uber

- Por Bruna Nóbrega bruna.nobrega@jm-madeira.pt O diretor regional da CPPME garante que os serviços do SESARAM são “outras das lutas” que vão agora iniciar.

Num momento em que se vive um período complicado no setor dos táxis, o núcleo regional da CPPME dá a boa nova e garante que está a chegar uma nova plataforma que promete fazer concorrênc­ia à Uber.

O núcleo da Madeira da Confederaç­ão Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) levou a cabo, na tarde de ontem, na praça de táxis junto ao Jardim Municipal do Funchal, uma iniciativa que procurou denunciar “os problemas e ameaças” que recaem sobre o setor dos táxis na Região e onde o diretor do núcleo regional da CPPME avançou que está para chegar, dentro de poucas semanas, uma nova plataforma que pretende “fazer frente” à Uber.

“Poderá haver uma plataforma semelhante a chegar. A Confederaç­ão já teve a informação que sim, e será em breve. Essa é mais uma das coisas que vamos apoiar, porque é pelo bem-estar dos taxistas. Vamos lutar a favor do setor, buscar os direitos dos nossos associados e bater à porta dos governante­s para perguntar porque é que estes trabalhado­res não têm mais apoio por parte da Região”, afirmou Paulo Ricardo Azevedo, diretor do núcleo regional da CPPME.

O porta-voz da iniciativa falou ainda de uma “desorganiz­ação bastante grande” dentro do setor dos táxis e garante que tudo fará para “lutar” pelos direitos destes profission­ais. “Nós já estivemos reunidos com um grupo parlamenta­r, na semana passada, para pedir a baixa do combustíve­l. Vamos também começar a desenvolve­r um grupo com vários grupos parlamenta­res, para pedir o número de Uber, que não exceda muito os carros da nossa concorrênc­ia”, explicou.

Há 37 anos que Eusébio Gomes conduz o seu táxi, e a revolta pela situação que se vive atualmente fez com que se juntasse à Confederaç­ão de forma a ter voz ativa junto dos governante­s. “Nós vamos fazer aquilo que a Associação não tem feito. Os meus colegas e eu queremos reivindica­r, caso não seja feito o contingent­e da Uber”.

O taxista, que também foi em

Serviços SESARAM

O diretor regional do Núcleo da CPPME garantiu que os serviços do SESARAM é “outra das lutas” que vão agora iniciar. “Já tivemos reunidos com um grupo de taxistas e vamos agora marcar uma reunião com o presidente da SESARAM para saber o porquê de estarem ainda a dever 200 mil euros aos taxistas. Se os serviços estão feitos, se os recibos estão passados, então eles já pagaram esse IVA às finanças, portanto estes profission­ais têm que receber esse dinheiro” disse.

O representa­nte disse ainda ter conhecimen­to de um taxista que tem a receber 11 mil euros, de vários serviços que realizou à SESARAM, “é muito dinheiro” acusou.

Na Região são cerca de 1.600 taxistas, e supondo que “metade dessas pessoas comecem a perder o seu emprego e vender os seus direitos, vai muita gente para o desemprego” e essa, é a luta que a CPPME pretende travar.

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