Jornal Madeira

‘Caixinha de Cores’ vai processar ARAE

- Por Sofia Lacerda sofialacer­da@jm-madeira.pt

SRE decidiu anular a suspensão do núcleo infantil, mas a sua proprietár­ia quer levar à justiça a responsáve­l por uma série de “ilegalidad­es”.

A proprietár­ia do ‘Caixinha de Cores’, Mónica Veloza, regozijou-se ontem, ao JM, pela decisão da Secretaria Regional de Educação em anular a suspensão do núcleo infantil. Porém, adiantou-nos que mantém a decisão de processar a inspetora da ARAE que denunciou condições irregulare­s de funcioname­nto no espaço, que foram remetidas para o Ministério Público.

Perante queixas que garante serem “completame­nte falsas”, como terem uma cozinha improvisad­a a funcionar em instalaçõe­s sanitárias, a mesma casa de banho para adultos e crianças, lotação do espaço e ainda falta de condições de segurança, a gerente do espaço avançou ao nosso jornal que o ‘Caixinha de Cores’ e encarregad­os de educação deste núcleo vão agir judicialme­nte contra a inspetora da ARAE que orientou as fiscalizaç­ões no local.

Reforçou esse intento depois de terem recebido nova inspeção, esta quinta-feira, constituíd­a por elenhando,

Ontem, a Secretaria tutelada por Jorge Carvalho anunciou ter tomado “a decisão de anular a suspensão do Núcleo Infantil 'Caixinha de Cores', na sequência dos procedimen­tos desencadea­dos pela Direção Regional de Educação, bem como pela ARAE e pelo delegado de Saúde de Santa Cruz”.

mentos da SRE, ARAE e delegado de Saúde, que lhe repetiram, por diversas vezes, que estava “tudo excelente” e que terão motivado a decisão da tutela, ontem conhecida.

Nesse âmbito, a nossa interlocut­ora referiu que estão a preparar uma ação conjunta para levar à justiça a responsáve­l por várias “mentiras”, adiantando que poderão estar aqui em causa crimes como os “de ameaça, tráfico de influência­s, abuso de autoridade e acesso a dados pessoais”.

A responsáve­l assegurou que tudo fará para “limpar o nome”, já que, em quase 10 anos com as portas abertas, “nunca receberam qualquer reclamação dos pais”.

A par disso, nunca tinham recebido uma visita da ARAE, estrapor isso, todos os pormenores que rodeiam este processo e que considera fazerem parte de “um plano elaborado para fechar o ‘Caixinha de Cores’”.

Indicou ainda que o espaço que gere é fiscalizad­o pela Secretaria Regional de Educação quase semanalmen­te, não entendendo a razão de as irregulari­dades terem sido imediatame­nte remetidas ao Ministério Público, quando nem lhe foi dada a oportunida­de ou um prazo para as corrigir. “É isso que costuma acontecer numa situação normal”, mencionou.

Porém, contactado pelo JM, o inspetor regional Luís Miguel Rosa esclareceu os procedimen­tos legais deste caso. “A ARAE recebeu uma denúncia e fez as diligência­s que são obrigatóri­as fazer. E, findo o processo de fiscalizaç­ão, remeteu os seus relatórios às autoridade­s competente­s, nomeadamen­te à Secretaria Regional de Educação e ao Ministério Público, o que é obrigatóri­o”, frisou.

Mais confirmou que existem prazos para corrigir problemas, como neste caso, mas que isso não é da competênci­a da ARAE, mas da SRE.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal