PSD vai votar contra orçamento camarário
Ao encerrar o congresso que pôs Amílcar Gonçalves na liderança dos Tsd-madeira, Albuquerque afirmou que o PSD vai votar contra o orçamento do Funchal.
Miguel Albuquerque deixou ontem claro, no discurso do encerramento do Congresso dos TSD, que amanhã, o PSD vai votar contra o Orçamento da Câmara Municipal do Funchal. “O PSD não irá pactuar com a sobrevivência, muito menos orçamental, de uma Câmara que não tem rumo nem estratégia. Quem se coligou com esta força que está a governar a Câmara é que tem de apoiar a vereação e a atual presidência, não o PSD”, declarou.
O líder do Psd-madeira diz que “não é só a falta de capacidade de resposta da autarquia que está em causa, é a degradação da cidade que é visível aos olhos de todos e a falta de resposta para as necessidades prementes dos cidadãos, também notória para toda a gente”.
Por outro lado, Albuquerque focou que, também amanhã, terão início as negociações, com os parceiros, para o ordenado mínimo regional, que espera bem sucedidas.
Os discursos mobilizadores e encorajadores de Miguel Albuquerque e de Amílcar Gonçalves, tendo no horizonte as eleições autárquicas de 2021, marcaram o encerramento do congresso que elegeu, por maioria, o ex-secretário regional do Equipamento e Infraestruturas para a liderança do secretariado.
O presidente do partido agradeceu o apoio dos TSD nos três atos eleitorais realizados este ano. Desafiou-os a terem o mesmo empenho nas próximas ‘batalhas’, na mobilização dos colegas e na conquista de novos militantes, e a terem sempre orgulho no partido.
Saudando os antigos governantes Brazão de Castro e Bazenga Marques, sentados na plateia (do auditório da Reitoria), agradeceu-lhes o contributo que deram à Região nas diversas funções que desempenharam. “Quem não sabe agradecer, quem não tem memória, não tem passado, muito menos tem futuro”, disse.
Dirigindo-se aos TSD, afirmou que “são o cerne e a alma do partido” e pediu-lhes para não caírem no elitismo, considerando “muito importante a união e a mobilização dos militantes”. Pediu-lhes também para se guiarem por causas e por objetivos, porque de outro modo não terão rumo.
Confiante no presente mandato e na concretização do programa sufragado, Albuquerque frisou que os TSD têm um “desafio essencial” no sentido de estarem atentos e de incorporarem novos militantes, especialmente entre os jovens.
“É essencial precaver o futuro, incorporar e dar formação política. Este é um partido de braços abertos”, sublinhou Albuquerque ao mesmo tempo que pede “inteligência em relação ao futuro”.
Segundo o líder dos social-democratas madeirenses, o PSD “é um partido de militantes e não de eleitores”. Ter apoiantes e votantes tem sido, conforme disse, “o segredo”, no qual devem continuar a apostar, assim como não devem ter medo de ser do PSD.
Da parte de Amílcar Gonçalves (que começou por fazer uma referência aos antigos secretários regionais presentes na plateia), ficou a promessa de um mandato “de alma e coração” com os militantes TSD, pautado pelo respeito e pela humildade. “Temos que agarrar esta bandeira e trabalhar todos os dias junto dos nossos colegas”, afirmou. Relativamente ao estatutos da estrutura partidária, disse que serão atualizados. Promete um processo transparente a discussão em sede de conselho regional.