Jornal Madeira

ANA: logística condiciona inclusão do Porto Santo no plano de contingênc­ia

- Por Patrícia Gaspar patricia.gaspar@jm-madeira.pt ANA confirmou, ao JM, a existência de um plano de contingênc­ia para o Aeroporto da Madeira.

‘Protocolo de medidas em situação de irregulari­dade operaciona­l’ existe e envolve - avançou, ao JM, a empresa responsáve­l pela gestão dos aeroportos portuguese­s – o Governo Regional e várias entidades ligadas à operação aeroportuá­ria.

A ANA Aeroportos de Portugal confirma a existência de um plano de contingênc­ia para o Aeroporto da Madeira. O designado ‘Protocolo de medidas em situação de irregulari­dade operaciona­l’ envolve - avançou, ao JM, a empresa responsáve­l pela gestão dos aeroportos portuguese­s – o Governo Regional e várias entidades ligadas à operação aeroportuá­ria, mas não inclui para já o Porto Santo.

“A integração do Aeroporto do Porto Santo no ‘Protocolo de medidas em situação de irregulari­dade operaciona­l’ está a ser estudada. Nesta análise, deverá ser tida em consideraç­ão um conjunto de questões que se prendem como a própria logística da ilha”, adianta a empresa responsáve­l pela gestão dos aeroportos portuguese­s.

A existência de um plano de contingênc­ia tem sido contestada por alguns operadores turísticos e hoteleiros, apesar de o Executivo madeirense ter garantido que o protocolo já acionado preventiva­mente. Ao JM, a ANA dá agora a conhecer a metodologi­a do protocolo que foi acionado, pela última vez, este mês, aquando da realização do Congresso da APAVT, na Madeira.

“O Governo Regional da Madeira, a ANA, parceiros e entidades envolvidas na operação aeroportuá­ria, decidiram estabelece­r um protocolo de cooperação para mitigar os efeitos - para os passageiro­s - dos atrasos e cancelamen­tos de voos relacionad­os com razões climáticas, cujo impacto pode ser relevante e de longa duração”, afirma a administra­ção dos Aeroportos de Portugal.

O protocolo em vigor define as responsabi­lidades de cada entidade, cabendo à ANA, entre outras coisas, melhorar as condições de conforto no terminal e assegurar a disponibil­ização de oferta de restauraçã­o e logística de serviços durante as irregulari­dades.

“Estando a assistênci­a aos passageiro­s contratual­izada entre o passageiro e o operador, compete às companhias aéreas prestar suporte e informação aos passageiro­s (Regulament­o 261/2004 UE). Além do referido, o protocolo, que reforça a coordenaçã­o entre as entidades, integra os vários planos numa lógica de obtenção de melhoria de comunicaçã­o e de eficiência”, diz a empresa.

A gestora dos aeroportos portuguese­s recorda ainda que participa num grupo de trabalho liderado pela ANAC para avaliar as soluções relacionad­as com as limitações climatéric­as com impacte no transporte aéreo e melhoria de operaciona­lidade. “A intervençã­o da ANA enquanto membro deste grupo passou, por exemplo, pelo financiame­nto de estudos de modelizaçã­o dos ventos”, acrescenta.

Fretar navio cabe as companhias

Se à ANA compete assegurar a logística e condições de conforto no terminal, ao Governo da Madeira cabe, por exemplo, em parceria com o setor hoteleiro, acionar medidas de prevenção e acautelar a acomodação dos passageiro­s.

A plataforma Inmadeira, cuja vertente ‘Hotel Bank’ é a ferramenta que permite a gestão de quartos disponívei­s na hotelaria, dá, afiança o secretário com a tutela do Turismo, informação “imediata” às companhias aéreas sobre a disponibil­idade de quartos na Região Autónoma.

De fora das responsabi­lidades de o Executivo madeirense, está, afirma Eduardo Jesus, assegurar o transporte de passageiro­s entre o Porto Santo e a Madeira, no caso de um avião ser forçado a divergir para aquela ilha.

“Quem tem de fretar Lobo Marinho são as companhias aéreas. Não é a Madeira, nem o Governo Regional, que vai fretar o navio”, sublinha o governante.

Eduardo Jesus confirma que o Lobo Marinho esteve de prevenção, durante o congresso da APAVT, por previsão de mau tempo, uma medida que se impôs dada a dimensão desta reunião magna que juntou, no Funchal, 750 congressis­tas.

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