Igreja Católica realiza vigília ecuménica contra a eutanásia
A Igreja prepara-se para enfrentar a legalização da eutanásia em Portugal. Há desdobráveis a serem distribuídos nas paróquias e os sacerdotes têm a mensagem afinada desde 2018. O bispo assume papel preponderante e vai realizar uma vigília ecuménica.
A Diocese do Funchal está a mobilizar-se para defender a vida no debate sobre a legalização da eutanásia em Portugal. Há uma vigília ecuménica prevista para o dia 18, na Igreja do Colégio, dois dias antes de a Assembleia da República debater, na generalidade, cinco projetos de lei sobre a morte assistida, da autoria do PS, BE, Verdes, PAN e Iniciativa Liberal.
A legalização da eutanásia é um dos temas mais fraturantes na atualidade. Várias vozes vêm defendendo que o assunto deve ser objeto de referendo, entre as quais a de Cavaco Silva, antigo presidente da República e do Governo, e a da própria Igreja Católica.
À Rádio Renascença, Cavaco Silva considerou que a eutanásia é um “grave erro moral” e representa “a decisão mais grave para o futuro da nossa sociedade que a Assembleia da República pode tomar”.
“Não procurem enganar os portugueses dizendo que é uma questão de consciência. É, sim, um retrocesso no nosso sistema de valores”, disse, referindo que
“o mínimo que a Assembleia da República deve fazer é perguntar diretamente aos portugueses, através de um referendo, se concordam ou não que continue a ser um crime um médico provocar a morte de outra pessoa”.
Por seu turno, a Conferência Episcopal, após reunido o seu conselho permanente, divulgou esta semana um comunicado a apelar aos profissionais de saúde para não cederem a atos como a eutanásia, o suicídio assistido ou a supressão da vida, mesmo em casos de doença irreversível.
“A opção mais digna contra a eutanásia está nos cuidados paliativos, como compromisso de proximidade, respeito e cuidado da vida humana até ao seu fim natural”, referem os bispos portugueses.
No Funchal, o bispo Nuno Brás está empenhado em assumir uma posição firme a favor da vida e envolver-se neste tema que divide a sociedade portuguesa.
Neste sentido, tem agendada a vigília ecuménica pela vida para o dia 18, às 19h30, na Igreja do Colégio, segundo revelou, ao JM, Marcos Gonçalves, diretor de comunicação da Diocese do Funchal.
Nuno Brás quer juntar as di
Nuno Brás quer juntar as diferentes religiões representadas na Madeira, de modo a formar um bloco em defesa da vida, pois o direito à vida não é uma questão religiosa, mas da essência das pessoas.