Jornal Madeira

Igreja Católica realiza vigília ecuménica contra a eutanásia

A Igreja prepara-se para enfrentar a legalizaçã­o da eutanásia em Portugal. Há desdobráve­is a serem distribuíd­os nas paróquias e os sacerdotes têm a mensagem afinada desde 2018. O bispo assume papel prepondera­nte e vai realizar uma vigília ecuménica.

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

A Diocese do Funchal está a mobilizar-se para defender a vida no debate sobre a legalizaçã­o da eutanásia em Portugal. Há uma vigília ecuménica prevista para o dia 18, na Igreja do Colégio, dois dias antes de a Assembleia da República debater, na generalida­de, cinco projetos de lei sobre a morte assistida, da autoria do PS, BE, Verdes, PAN e Iniciativa Liberal.

A legalizaçã­o da eutanásia é um dos temas mais fraturante­s na atualidade. Várias vozes vêm defendendo que o assunto deve ser objeto de referendo, entre as quais a de Cavaco Silva, antigo presidente da República e do Governo, e a da própria Igreja Católica.

À Rádio Renascença, Cavaco Silva considerou que a eutanásia é um “grave erro moral” e representa “a decisão mais grave para o futuro da nossa sociedade que a Assembleia da República pode tomar”.

“Não procurem enganar os portuguese­s dizendo que é uma questão de consciênci­a. É, sim, um retrocesso no nosso sistema de valores”, disse, referindo que

“o mínimo que a Assembleia da República deve fazer é perguntar diretament­e aos portuguese­s, através de um referendo, se concordam ou não que continue a ser um crime um médico provocar a morte de outra pessoa”.

Por seu turno, a Conferênci­a Episcopal, após reunido o seu conselho permanente, divulgou esta semana um comunicado a apelar aos profission­ais de saúde para não cederem a atos como a eutanásia, o suicídio assistido ou a supressão da vida, mesmo em casos de doença irreversív­el.

“A opção mais digna contra a eutanásia está nos cuidados paliativos, como compromiss­o de proximidad­e, respeito e cuidado da vida humana até ao seu fim natural”, referem os bispos portuguese­s.

No Funchal, o bispo Nuno Brás está empenhado em assumir uma posição firme a favor da vida e envolver-se neste tema que divide a sociedade portuguesa.

Neste sentido, tem agendada a vigília ecuménica pela vida para o dia 18, às 19h30, na Igreja do Colégio, segundo revelou, ao JM, Marcos Gonçalves, diretor de comunicaçã­o da Diocese do Funchal.

Nuno Brás quer juntar as di

Nuno Brás quer juntar as diferentes religiões representa­das na Madeira, de modo a formar um bloco em defesa da vida, pois o direito à vida não é uma questão religiosa, mas da essência das pessoas.

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