Jornal Madeira

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- Por Carla Sousa/lusa carlasousa@jm-madeira.pt

O Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse ontem que regressou ao seu país para "fazer o que seja necessário para conseguir o objetivo" de derrubar a "ditadura" de Nicolás Maduro. "Isto não é um problema de esquerda nem de direita, é um problema de democracia", disse Guaidó, sublinhand­o que "o mundo está consciente disso".

Juan Guaidó falava na Praça Bolívar de Chacao, no leste de Caracas, naquele que foi o seu primeiro discurso após regressar de um périplo internacio­nal.

Falou para centenas de simpatizan­tes e também para os embaixador­es de países que o apoiam, entre eles o português Carlos de Sousa Amaro.

"Covardes. Não porque os desafiei e regressei à Venezuela. Esta é uma ditadura covarde porque não aceita o seu destino. Estão sozinhos, isolados (...) Covarde Nicolás (Maduro)!", exclamou.

O Presidente interino explicou que "os mecanismos de pressão contra a ditadura vão aumentar (...) por muito polémicos que sejam vão continuar a aumentar" e que "a ditadura deve entender" que a oposição não desistirá.

Juan Guaidó denunciou que nos confrontos ocorridos à sua chegada ao Aeroporto de Maiquetía, "atuaram grupos irregulare­s em cumplicida­de com as forças de segurança do Estado".

"Já não podemos chamar organismos de segurança aos organismos de segurança do Estado, são órgãos repressivo­s da ditadura", disse, solidariza­ndo-se com os jornalista­s agredidos.

Por outro lado, acusou o regime de ter tentado "pela força, com assassinat­os políticos" dividir os partidos opositores e de ter inventado um escritório de advogados que não podem apelar ao Supremo Tribunal de Justiça.

Escudo Bolivarian­o

Nicolás Maduro anunciou ontem que ordenou a realização de uma série de exercícios militares, nos dias 15 e 16 de fevereiro, aos que chamou ‘Escudo Bolivarian­o’.

"Nós, que amamos a Venezuela, avancemos. Não percamos um único dia. É tempo de avançar no nível institucio­nal, político, popular e militar. Ofensiva, avançada e batalha permanente!", disse. Maduro quer pôr em prática a nova Lei Constituci­onal das Forças Armadas.

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O discurso de Guaidó contou com a presença de vários embaixador­es, entre os quais o português Carlos de Sousa Amaro.
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