Agressões violentas marcam chegada à Venezuela do autoproclamado presidente
Juan Guaidó chegou ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (25 quilómetros a norte de Caracas), o principal do país, às 17h00 locais (21h00 em Lisboa) desta terça-feira, a bordo de um voo da transportadora TAP, e à chegada simpatizantes do regime agrediram-no na cara e rasgaram-lhe a camisa, perante a indiferença de agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar).
Os deputados à Assembleia Nacional da Venezuela foram entretanto impedidos pela polícia do Estado de Vargas, apoiados pelo Guarda Nacional, de passar o último túnel em direção ao Aeroporto Internacional de Maiquetía, onde pretendiam receber o autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó.
Os parlamentares tiveram de andar a pé cerca de 3 quilómetros, mas não conseguiram providenciar a receção esperada a Guaidó, uma vez que este tinha uma multidão de apoiantes pró-regime de Nicolás Maduro à sua espera, tendo sido alvo de várias agressões.
O avião da TAP que transportou Juan Guaidó para a Venezuela terá sido impedido de efetuar o voo de regresso a Lisboa dentro do horário programado como represália por ter trazido de volta ao país o autoproclamado presidente.
Segundo passageiros que aguardavam pelo embarque na referida aeronave com destino a Lisboa, o voo devia ter saído de Caracas pelas 18h00 e tal não aconteceu, pois estaria a ser barrado por um camião.
Uma situação semelhante ocorreu no ano passado com o voo da Copa Airlines, no qual também viajou Juan Guaidó.
Relembre-se que Juan Guaidó, que chegou a Caracas proveniente de um périplo iniciado a 19 de janeiro pela Colômbia, visitou posteriormente a Inglaterra, Suíça, Espanha, Canadá, França e Estados Unidos, onde se reuniu com diferentes governantes e inclusive com o Presidente norte-americano Donald Trump.