Universitário queixa-se de não poder fazer exames na Madeira
Um aluno queixa-se de não lhe ser autorizado fazer exames do curso da Faculdade de Medicina do Porto na Madeira. A FMUP remete para o período de recurso.
A deslocação de madeirenses a estudar em universidades do continente, em tempo de pandemia, tem causado algumas dores de cabeça a alunos e encarregados de educação, já que muitos esperam que seja possível a realização dos exames à distância e a partir da Madeira.
É o caso de um aluno, cuja queixa chegou ao JM através do seu encarregado de educação, que refere que uma diretora de curso na Universidade de Medicina do Porto exige que os alunos da Madeira se desloquem àquela cidade para fazer os exames.
Ao que nos foi transmitido, o estudante não compreende a razão de não poder fazer, eventualmente, os exames na Madeira, ainda mais quando são conhecidas as dificuldades em conseguir viagens aéreas acessíveis, a tempo dos exames, na próxima semana.
Contactada pelo JM, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto garante que “os estudantes que estejam, de momento, deslocados no estrangeiro ou nas regiões autónomas da Madeira e Açores e os estudantes a quem tiver sido decretado isolamento por diagnóstico médico de covid ou outro motivo devidamente fundamentado beneficiarão de regimes excecionais, incluindo épocas especiais de exames ou exames à distância, segundo as regras aprovadas pela FMUP”.
A Faculdade informa ainda que “se um estudante estiver comprovadamente impossibilitado de comparecer aos exames presenciais por qualquer motivo para além dos já referidos deve informar atempadamente a FMUP”, por email. “Para estes estudantes, a realização do exame da época normal decorrerá no período destinado à época de recurso – presencialmente ou, em situações justificadas, online – e o diferimento de época de recurso para setembro. É competência e autonomia do regente a decisão quanto à forma de realização de
exames online”, esclarece ainda.
Serão vários os estudantes madeirenses que não querem, ou não podem, se deslocar ao continente para efetuarem os exames. Os motivos serão comuns: viagens caras, constrangimentos por causa da pandemia e receios de contágio. Como já escreveu o JM na quarta-feira, na Universidade da Madeira serão feitos 40 exames por alunos que não terão de se apresentar nas respetivas universidades. A UMA não sabia ainda precisar o número de alunos nos exames, mas vai receber estudantes madeirenses inscritos da Universidade Nova, do ISCTE, da Universidade do Porto, entre outras.
Já à Rtp-madeira, o reitor José Carmo disse, recentemente, que apesar da boa vontade da instituição, a UMA não conseguiria receber muitos alunos para o período das provas, por falta de capacidade logística e de vigilância.