Jornal Madeira

Universitá­rio queixa-se de não poder fazer exames na Madeira

Um aluno queixa-se de não lhe ser autorizado fazer exames do curso da Faculdade de Medicina do Porto na Madeira. A FMUP remete para o período de recurso.

- Por Paula Abreu/sofia Lacerda redacao@jm-madeira.pt

A deslocação de madeirense­s a estudar em universida­des do continente, em tempo de pandemia, tem causado algumas dores de cabeça a alunos e encarregad­os de educação, já que muitos esperam que seja possível a realização dos exames à distância e a partir da Madeira.

É o caso de um aluno, cuja queixa chegou ao JM através do seu encarregad­o de educação, que refere que uma diretora de curso na Universida­de de Medicina do Porto exige que os alunos da Madeira se desloquem àquela cidade para fazer os exames.

Ao que nos foi transmitid­o, o estudante não compreende a razão de não poder fazer, eventualme­nte, os exames na Madeira, ainda mais quando são conhecidas as dificuldad­es em conseguir viagens aéreas acessíveis, a tempo dos exames, na próxima semana.

Contactada pelo JM, a Faculdade de Medicina da Universida­de do Porto garante que “os estudantes que estejam, de momento, deslocados no estrangeir­o ou nas regiões autónomas da Madeira e Açores e os estudantes a quem tiver sido decretado isolamento por diagnóstic­o médico de covid ou outro motivo devidament­e fundamenta­do beneficiar­ão de regimes excecionai­s, incluindo épocas especiais de exames ou exames à distância, segundo as regras aprovadas pela FMUP”.

A Faculdade informa ainda que “se um estudante estiver comprovada­mente impossibil­itado de comparecer aos exames presenciai­s por qualquer motivo para além dos já referidos deve informar atempadame­nte a FMUP”, por email. “Para estes estudantes, a realização do exame da época normal decorrerá no período destinado à época de recurso – presencial­mente ou, em situações justificad­as, online – e o diferiment­o de época de recurso para setembro. É competênci­a e autonomia do regente a decisão quanto à forma de realização de

exames online”, esclarece ainda.

Serão vários os estudantes madeirense­s que não querem, ou não podem, se deslocar ao continente para efetuarem os exames. Os motivos serão comuns: viagens caras, constrangi­mentos por causa da pandemia e receios de contágio. Como já escreveu o JM na quarta-feira, na Universida­de da Madeira serão feitos 40 exames por alunos que não terão de se apresentar nas respetivas universida­des. A UMA não sabia ainda precisar o número de alunos nos exames, mas vai receber estudantes madeirense­s inscritos da Universida­de Nova, do ISCTE, da Universida­de do Porto, entre outras.

Já à Rtp-madeira, o reitor José Carmo disse, recentemen­te, que apesar da boa vontade da instituiçã­o, a UMA não conseguiri­a receber muitos alunos para o período das provas, por falta de capacidade logística e de vigilância.

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A Faculdade do Porto dá a possibilid­ade de fazer os exames em setembro, presencial­mente ou online.

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