Jornal Madeira

‘GRANDES’ TIVERAM JORNADA DE PESADELO, CINCO ANOS DEPOIS

- Por Marco Milho mmilho@jm-madeira.pt

O regresso do futebol de I Liga dificilmen­te terá deixado grandes motivos para sorrir aos adeptos de FC Porto, Benfica, Braga e Sporting, equipas que ocupam os quatro primeiros lugares da classifica­ção.

A 25.ª jornada – a primeira a ser disputada após a paragem forçada devido à pandemia de covid-19 – teve um desfecho algo atípico para os ‘quatro grandes’, uma vez que todas estas formações perderam pontos, apesar do favoritism­o atribuindo antes dos respetivos encontros.

O FC Porto foi o primeiro a escorregar, perdendo por 2-1 no terreno do Famalicão, e logo no dia seguinte, o Benfica desperdiço­u a oportunida­de para se destacar na liderança, cedendo um empate caseiro, sem golos, diante do Tondela. Mais tarde, também o Sporting acabou por não conseguir vencer, ao empatar 2-2 em Guimarães, e na passada sexta-feira, foi o Braga surpreendi­do pelo Santa Clara, perdendo por 3-2, na Cidade do Futebol, em Oeiras.

A conjuntura é pouco habitual no futebol português, largamente dominado pelos três crónicos candidatos ao título nacional, aos quais se juntaram os arsenalist­as, nos tempos mais recentes, e é preciso recuar quase cinco anos para encontrar outra jornada igualmente

agonizante para estas equipas.

Quatro grandes, zero vitórias

Aconteceu no início da temporada 2015/16, à segunda jornada, e tal como na última ronda do presente campeonato, nenhum dos quatro favoritos saiu vitorioso dos respetivos jogos.

A 21 de agosto de 2015, logo a abrir a jornada, o Sporting de Braga, na altura comandado por Paulo Fonseca, foi surpreendi­do na deslocação a Vila do Conde, perdendo por 1-0 frente ao Rio Ave, de Pedro Martins, com um golo apontado por Ahmed Hassan.

O dia seguinte foi ainda mais fértil em surpresas, com os deslizes de Sporting e FC Porto. Os leões, de Jorge Jesus, empataram em casa com o Paços de Ferreira, a uma bola. André Carrillo abriu o ativo, ainda na primeira parte, mas Pelé empatou, de grande penalidade, já no final do encontro, para a equipa de Jorge Simão.

Horas depois, o palco das surpresas era o Estádio do Marítimo, onde os verde-rubros, sob o comando de Ivo Vieira, recebiam os azuis-e-brancos, de Julen Lopetegui. Aos cinco minutos, já Edgar Costa tinha colocado os madeirense­s em vantagem. Herrera, ainda na primeira parte, empatou a partida, mas o marcador já não voltaria a mexer.

Já no dia seguinte, no Estádio Municipal de Aveiro, o Arouca de Lito Vidigal recebia o Benfica de Rui Vitória, e logo aos dois minutos, Roberto inaugurou o marcador, fazendo o 1-0 que perdurou até ao final do encontro, com as águias a saírem derrotadas.

No final da segunda jornada, era precisamen­te o Arouca quem liderava o campeonato, vitorioso nos dois jogos disputados. O Boavista era segundo, seguido do Paços de Ferreira a fechar o pódio, enquanto o quarto lugar era ocupado pelo Vitória de Setúbal. Em quinto lugar surgia o Sporting, em sexto o FC Porto, e o Benfica era oitavo, a seguir ao Rio Ave.

Apesar dos percalços, o Benfica acabaria mesmo por sagrar-se tricampeão nacional, com Sporting e FC Porto a ocupar os restantes lugares do pódio, e com o Braga a terminar em quarto lugar.

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