Apoio excecional de 3 ME aos agricultores e PME
A medida visa ajudar aqueles que demonstrem quebras de vendas, no segundo semestre deste ano, iguais ou superiores a 20%.
Miguel Albuquerque anunciou ontem que o Governo Regional vai avançar com um apoio de três milhões de euros aos setores agrícola e agroindustrial da Região Autónoma da Madeira.
O chefe do Executivo madeirense, que visitou as obras de ampliação da empresa Santoqueijo, no Santo da Serra, acompanhado do secretário regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, acrescentou que a medida tem por destinatários os agricultores e as pequenas e médias empresas ativas que exerçam atividade desde pelo menos 1 de abril de 2019 e que demonstrem quebras de vendas, no segundo trimestre deste ano, iguais ou superiores a 20 por cento, comparativamente ao período homólogo do ano anterior. O apoio, segundo o governante, será concedido sob a forma de montante fixo não reembolsável e tem o valor mínimo de 500 euros e máximo de sete mil euros, no caso dos agricultores, e mínimo de 2.500 euros e máximo de 50 mil euros no caso das PME. O
Na visita à fábrica, Albuquerque anunciou novos apoios.
período de candidaturas a este apoio já está aberto e termina a 16 de dezembro, conforme frisou. Albuquerque estima que haverá muita procura por este apoio.
Período mais perigoso
A visita de Miguel Albuquerque à empresa em questão foi aproveitada para o presidente do Governo recordar que, no que toca à pandemia, a Madeira vive um momento crítico, o período mais perigoso desde o início da pandemia. O governante alertou sobretudo os jovens que pensam que se apanharem a doença não terão consequências gravosas. Disse que o que mais preocupa o Governo são os convívios nesta época festiva. “Não podemos ter um polícia na casa de cada um e estamos preocupados com as festas, com os excessos”, referiu.
E apelou a todos os cuidados, conforme tem vindo a fazer nos últimos tempos. Já no que diz respeito a medidas de restrição, sobretudo para os lares [surgiu, anteontem, um caso positivo de covid-19 no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Machico], Miguel Albuquerque referiu à comunicação social que, para já, mantêm-se as medidas já em vigor. O plano de contingência foi ativado e funcionários e utentes estão a ser testados, conforme sublinhou. “Depois, vamos tomar medidas...”, disse, sem contudo referir que pode haver um recuo nas visitas até porque já há muitas limitações atualmente, sendo que os utentes praticamente nem tocam nos familiares. “No verão, houve uma grande pressão dos familiares para abrirmos os lares e não o fizemos. E ainda bem que não o fizemos porque veio esta segunda vaga”, afirmou o presidente do Governo Regional. “Vamos ter de continuar com esta política de prevenção e muito cuidado”, referiu.
Já o representante do SantoQueijo anunciou que vão ser lançados para o mercado novos produtos 100 por cento regionais. João Luís Sousa deu os exemplos do queijo curado, com a marca Madeira, iogurtes artesanais e rissóis de queijo, muito procurados pela comunidade venezuelana. Fundada em 1995, a empresa em questão está a finalizar a ampliação das suas infraestruturas no âmbito de um projeto comparticipado pelo PRODERAM.
O investimento global destas obras é de 1,2 milhões de euros.