Voos de repatriamento são hipótese
Segundo a secretária de Estado, a linha de emergência consular tem tido recebido “algumas dezenas de contactos, mais de 40 pessoas”. As dúvidas são, principalmente, sobre “as dificuldades em viajar porque foram apanhadas de surpresa pela decisão do Reino Unido no dia 15 de janeiro de proibir, também, os voos devido à variante do Brasil, agora a situação ainda é mais complicada e nós esperamos que haja pessoas que possam ser apanhadas por estas decisões”.
A Secretaria tem recebido pedidos de ajuda, situações estas “que são encaminhadas para Consulado em Londres”.
“O Consulado já acompanhou vários portugueses que não conseguiram resolver o problema com a sua agência ou a sua companhia aérea, porque também é evidente que as companhias aéreas e as agências de viagens também têm as suas responsabilidades para com as pessoas”, relatou. Muitas delas “resolveram a situação com outros voos e a maior parte das pessoas conseguiu viajar”, apesar disso existiram “situações mais complicadas que o Consulado acompanhou e tem vindo a acompanhar”.
“Caso as pessoas necessitem mesmo de viajar devem sinalizar essa necessidade junto do Consulado de forma a avaliar se será necessário organizar algum tipo de viagem especial”, apelou Berta Nunes.
A concluir, Berta Nunes afirmou à rádio Observador que não existe ainda “nenhuma resolução em concreto”, mas que “tomando como exemplo outras situações de espaços aéreos encerrados, é sempre necessário a autorização dos países em questão”. A secretária relembrou “um exemplo mais extremo, na Venezuela”, onde “o espaço aéreo estava encerrado e organizámos várias viagens”.