UNIÃO MUDA DE NOME E AFASTA DIRIGENTES
Há uma revolução em curso, que vai da mudança de nome para Clube de Futebol União da Madeira 1913, ao afastamento de vários dirigentes. É o caso de Estanislau Barros, Lino Abreu e Sérgio Nóbrega. Está ainda previsto inaugurar em breve uma nova sede social, no Funchal.
Os sócios fundadores do “novo” União, Ramiro Morna do Nascimento e Eurico de Sousa, procederam a uma revolução na estrutura dirigente responsável pela instalação desta nova entidade jurídica fundada em fevereiro do ano passado.
Dos 16 elementos nomeados após a fundação, apenas 5 se mantêm num “novo modelo estrutural de Comissão Instaladora”. São eles Jaime Gouveia, Pedro Araújo, Juvenal Xavier, João Carlos Teixeira e Nélio Jesus, os membros de uma Comissão nomeada na passada segunda-feira, dia 18 de janeiro, e que passam desde então a compor “o único órgão legitimado” para representar o clube, conforme refere um comunicado enviado para a redação.
Desta forma, Morna e Eurico, figuras incontornáveis do passado unionista, afastaram dos quadros do recém-fundado clube, entre outros, os dirigentes Estanislau Barros, Lino Abreu e Sérgio Nóbrega, que atualmente presidem aos três órgãos sociais do “velho” União. Apesar de invocarem o “dever de criar as condições indispensáveis para que o União da Madeira prossiga o seu objeto de forma eficiente e dinâmica”, a decisão representa uma rutura clara com os atuais órgãos sociais do clube fundado em 1913.
Porém, se há um distanciamento claro dos dirigentes, já a designação social da entidade está cada vez mais próxima, porquanto a Assembleia Geral de sócios realizada no passado dia 18 deliberou alterar o nome para Clube Futebol União da Madeira 1913. Um desejo que, de acordo com o mesmo comunicado, “só foi possível após concretizada a desejada aprovação deste nome pelo Registo Nacional de Pessoas Coletivas”.
Para além de mudar a designação social, o agora denominado Clube de Futebol União da Madeira 1913 terá também uma nova sede social, localizada no Funchal, e a inaugurar em breve.
Finalmente, esta Assembleia Geral pretendeu ainda garantir, através de atualização estatutária, que os futuros membros eleitos não possam exercer outro cargo nos órgãos sociais de clubes, associações de clubes, federações desportivas ou sociedades desportivas, exceto nas sociedades desportivas com participação do próprio clube.
Os futuros membros eleitos deverão ser conhecidos no prazo de seis meses, pois a convocação de eleições nesse período é uma das responsabilidades atribuídas à Comissão Instaladora, que fica também incumbida de iniciar o processo de filiação de sócios. Para esse efeito, a Assembleia Geral fixou pela primeira vez o valor das quotas, que são de 20 euros para maiores de idade, 10 euros para menores e 5 euros para menores atletas do clube.
Sem qualquer efeito deverá naturalmente ficar a Assembleia Geral anunciada ainda em nome da Associação Desportiva União da Madeira para o dia 30 de janeiro, cuja convocatória foi assinada por Estanislau Barros no dia 20, ou seja, dois dias depois da reunião magna que o destituiu do agora denominado Clube Futebol União da Madeira 1913.