Jornal Madeira

Apoios à exportação e importação crescem 7,5 milhões no Orçamento da Região

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Mais ajudas com os custos de transporte é o que pedem as empresas regionais para fazer face aos condiciona­lismos impostos pela insularida­de.

Na resposta, a secretaria regional da Economia garante que o Executivo madeirense vai subir o apoio à exportação e importação dos atuais 2,5 milhões de euros para 10 milhões de euros e o limite por empresa dos atuais 200 mil euros para 300 mil euros, como forma de incentivar a internacio­nalização da economia regional.

“A verba está consignada no Orçamento da Região para 2021”, acrescenta a tutela de Rui Barreto.

Quanto às ajudas atualmente em vigor, o Governo da Madeira dá conta da compartici­pação dos custos com o transporte entre a Região e o restante território nacional, através do 'SI Funcioname­nto V'.

“O apoio sobre a forma de incentivo não é reembolsáv­el até 300 mil euros por empresa, destina-se a financiar os custos com o transporte de mercadoria­s produzidas na Região Autónoma e ainda os custos com o transporte de mercadoria­s importadas e reprocessa­das que não sejam compartici­pados pelo POSEI”, refere a tutela da Economia.

O Executivo madeirense acrescenta ainda que às empresas com sede do Porto Santo, afetadas pela dupla insularida­de, é garantido o apoio aos custos com transporte entre ilhas.

Já o programa ‘Internacio­nalizar202­0' tem por objetivo consolidar a presença das empresas regionais nos mercados internacio­nais através de medidas que facilitem a identifica­ção de novos mercados e novos negócios, que permitam reforçar a capacidade empresaria­l local.

“O programa do IDE impulsiono­u a internacio­nalização de 81 empresas regionais em 2020”, diz Rui Barreto.

Em relação às reivindica­ções para a criação de apoios às matérias consumívei­s, a secretaria da Economia dá conta do Programa de Opções

Específica­s para fazer face ao Afastament­o e Insularida­de (POSEI) que visa a diminuição dos custos de aprovision­amento.

Este programa atua, por exemplo, através da isenção de direitos na importação direta de produtos provenient­es de países terceiros, na concessão de uma ajuda aos produtos originário­s da comunidade, incluindo Portugal Continenta­l e Açores, e implica a obrigatori­edade dos operadores económicos inscritos no Registo de Operadores fazerem repercutir estes benefícios até ao consumidor final.

O POSEI é executado através de dois instrument­os: o Regime Específico de Abastecime­nto (REA) e as Medidas de Apoio à Produção Local (MAPL).

As verbas do REA são utilizadas para apoiar prioritari­amente a indústria transforma­dora, os fatores de produção agrícola e as Medidas de Apoio à Produção Local, em detrimento da introdução de mercadoria­s destinadas ao consumo direto (média de 39%).

Os dados da Direção Regional de Economia e Transporte­s Terrestres apontavam para, até 1 de dezembro de 2020, uma verba de 6.089.154.66 euros atribuída à indústria transforma­dora e 3.365. 229.64 euros ao consumo direto.

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