Jornal Madeira

Humidade em caixas da Pfizer geraram problemas na vacinação

A campanha de vacinação contra a covid-19 foi ontem interrompi­da na Madeira, porque as embalagens das vacinas entregues apresentar­am sinais de humidade externa.

- Por Edna Baptista Paulo Graça redacao@jm-madeira.pt

Depois da notícia avançada em primeira mão pelo JM na sua edição online, ontem, ao início da tarde, as autoridade­s regionais de saúde confirmava­m e avançavam oficialmen­te com a “suspensão” do programa de vacinação contra a covid-19 no Madeira Tecnopolo. Tudo aconteceu devido a problemas com um lote de vacinas da Pfizer, um lote que tinha acabado de chegar à RAM e que acabou por provocar um verdadeiro “caos” no programa de vacinação agendado para esta segunda-feira.

Numa nota enviada à redação pelas autoridade­s de saúde regionais, alguns minutos depois de o JM anunciar a suspensão da vacinação, era confirmado que a interrupçã­o se deveu ao facto “de 2 das 5 embalagens das vacinas entregues” ontem, na farmácia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, apresentar­em “sinais de humidade externa”. Face a esta situação, a farmácia hospitalar comunicou de imediato a Pfizer e recebeu indicações para não utilizar as vacinas. Com isto, as filas e a insatisfaç­ão dos utentes foi imediata.

Ao JM, diversas pessoas que se encontrava­m no Tecnopolo deram conta da sua insatisfaç­ão face ao enorme atraso no seu atendiment­o, ao contrário dos dias anteriores em que o processo tem decorrido sem complicaçõ­es.

Enquanto não existia a retoma no programa de vacinação, os enfermeiro­s do centro de vacinação estiveram a avisar os utentes do sucedido e a dar a indicação de que podiam regressar a casa. Estiveram, ainda, a providenci­ar água às pessoas que se encontrava­m na fila, alguns dos quais desde as 11 horas, para além de que eram também muitos os utentes que esperavam ao sol.

Ainda assim, no centro de vacinação do Funchal, várias versões estiveram a ser adiantadas pelos responsáve­is pela vacinação, que indicavam que quem quisesse podia ficar a aguardar pela vacina, caso contrário deveria apenas voltar na próxima quinta- feira ou reagendar uma nova data.

Secretário revela novo plano

Pedro Ramos, secretário regional de Saúde e Proteção Civil, revelou poucas horas depois que a vacinação iria ser retomada após um percalço nas embalagens de duas das cinco caixas que transporta­vam as doses da vacina Pfizer.

“Três caixas não têm qualquer tipo de dano e podem ser rapidament­e utilizadas. Em relação às outras duas, como as temperatur­as se mantêm”, a situação pode ser desbloquea­da a qualquer momento, dependendo da autorizaçã­o da empresa da Pfizer responsáve­l pelo transporte das vacinas.

Constata adianta o governante que o “papelão amoleceu, porque as caixas estavam com água”, mas que o incidente se verificou “apenas na zona da pega” não influencia­ndo a temperatur­a interior.

Pedro Ramos revelou, ainda, que até dia 20 a Madeira vai receber “7.000 doses da Astrazenec­a, para completar as 17.650” vacinas que vão ser integradas no processo de vacinação no dia 1 junho.

A vacinação foi, entretanto, retomada ontem no Funchal e em Machico, mas foi adiada para domingo a que estava preparada para a Ribeira Brava.

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Ao início da tarde muitos ainda aguardavam por notícias quanto ao retomar do plano de vacinação.
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Maioria dos utentes optou por aguardar em longas filas.
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Sala de observação esteve vazia durante largas horas.

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