99% das expropriações concluídas
Esta primeira fase, que corresponde a trabalhos de terraplanagem e que deverão estar concluídos dentro de 18 meses, tem o valor de 18,8 milhões de euros, todos adiantados pelo Governo Regional.
O vice-presidente do Governo Regional garantiu, ontem, que o processo moroso para a construção do Hospital Central do Funchal, cujo arranque oficial teve início ontem, está a ser conduzido a bom porto, estando 99 por cento das expropriações praticamente concluídas. Ou seja, dos 124 lotes, apenas dois ou três estão ainda por resolver. “Deixa-nos satisfeitos, num processo de 26 milhões de expropriações [verba assumida pela Região], estarmos a iniciar a obra com 99 por cento dos casos tratados”, disse Pedro Calado, que, acompanhado do secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas, visitou a zona onde decorrem os trabalhos daquele investimento que ocupará uma área de 172 mil metros quadrados e que ficará localizado em Santa Rita, na freguesia de São Martinho.
Fazendo questão de sublinhar que a iniciativa de ontem não era o lançamento da primeira pedra mas sim o momento para tranquilizar os madeirenses e dar conta de que, apesar dos contratempos, a obra já está no terreno, o vice-presidente do Executivo madeirense lembrou que este processo vem desde há muitos anos, sendo que as primeiras expropriações aconteceram em 2007.
"Sabemos que estamos a lidar com muitas emoções por parte das pessoas, são vidas passadas aqui, pode representar o trabalho de uma vida na construção da sua casa, mas é precisamente por isso que estamos aqui", admitiu Pedro Calado, o qual referiu também que o Executivo está a ter dificuldades para arranjar alojamento para algumas famílias, sobretudo casas de tipologia superior a T3, para alojar aqueles que foram expropriados. Esta primeira fase, que corresponde a trabalhos de terraplanagem e que deverão estar concluídos dentro de 18 meses, tem o valor de 18,8 milhões de euros, todos adiantados pelo Governo Regional. No entanto, conforme frisou o vice-presidente, o Governo da República vai, posteriormente, pagar 50 por cento.
Aos jornalistas, Pedro Calado sublinhou que há um entendimento de que todos os custos de construção
Pedro Calado agradeceu o envolvimento e contributo, apesar de algumas discordâncias, do Governo da República.
são comparticipados pelo Estado português em 50% e pelo Governo Regional em 50%.
A visita que realizou com Pedro Fino foi aproveitada para Pedro Calado lembrar o percurso do projeto que teve uma paragem e foi reiniciado em 2015 já com o Governo liderado por Miguel Albuquerque. “O projeto teve avanços e recuos. Houve muitas promessas. Mas o que viemos os dois [Pedro Calado e Pedro Fino] foi visitar os trabalhos e transmitir à população tranquilidade quanto às promessas que o Governo Regional faz. Os processos podem ser muito difíceis, muito complicados, mas temos encontrado sempre soluções. Houve um caminho árduo a percorrer na dialética com o Governo da República. Ultrapassámos muitas dificuldades. Encontrou-se plataformas de entendimento. Posso dizer que ainda há arestas a serem limadas e estou certo de que iremos encontrar soluções para os problemas que estão por resolver. Estou a falar quanto ao valor de financiamento, quanto à questão do aval. Agora, estamos satisfeitos porque materializamos esta obra!”, disse.