Jornal Madeira

Novo horário gera “ânimo total”

O alargament­o do horário de funcioname­nto dos restaurant­es até às 23 horas, a partir de sexta-feira, e a chegada de turistas animam o setor. O responsáve­l pela ACIF lembra que os britânicos vêm “sequiosos” de aproveitar a Madeira.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

Foi com alívio que os empresário­s do setor da restauraçã­o e a ACIF receberam a notícia de que, a partir de sexta-feira, os restaurant­es já podem estar abertos até às 23 horas, com recolher obrigatóri­o à meia-noite, tal como noticiou o JM no seu site na segunda-feira à tarde e ontem na edição impressa.

O responsáve­l pela ACIF lembrou que essa era a pretensão da Associação Comercial e Industrial do Funchal manifestad­a há cerca de um mês ao presidente do Governo Regional, numa reunião mantida na Quinta Vigia. No entanto, o Executivo liderado por Miguel Albuquerqu­e quis ser cauteloso e alargou o horário da restauraçã­o até às 22 horas, uma decisão que a ACIF compreende­u.

Por isso, “é com total ânimo” que Jorge Veiga França vê a medida ser implementa­da a partir da próxima sexta-feira, dia 21. “Mais vale tarde do que nunca”, disse, reconhecen­do que as autoridade­s de saúde têm agido em consonânci­a com o pretendido em termos de controlo da pandemia.

O presidente da ACIF entende ainda que o novo horário chega em boa hora atendendo também à entrada de mais turistas na Madeira, principalm­ente do Reino Unido e de outros mercados emissores. “Estão a chegar a um ritmo muito in

Tiago Andrade, gerente de um restaurant­e na Rua da Carreira, diz que não pensa nos prejuízos, mas sim em recomeçar.

teressante e que deverá aumentar, desde que se consiga que não haja um cresciment­o descontrol­ado da variante indiana do coronavíru­s”, comentou, expressand­o encarar o novo momento de retoma do turismo com “a maior das esperanças”. Até porque o principal mercado emissor turístico para a Região vem “sequioso de aproveitar o que temos de bom e que falta no Reino Unido, que continua com um tempo chuvoso”.

“Não vale a pena pensar em tentar recuperar. Há que tentar manter e reconquist­ar o que tínhamos antes. Pensamos é em recomeçar”, disse Tiago Andrade.

E os turistas, quando fazem férias, normalment­e também procuram os espaços de restauraçã­o à noite.

Por seu turno, Tiago Andrade, gerente de um restaurant­e na Rua da Carreira, no Funchal, mostrou-se satisfeito por poder ter o espaço aberto até às 23 horas. “A medida já vem tarde, mas será, sem dúvida, bom para todos nós. O madeirense gosta de jantar tarde. Fechar às dez não estava a ser bom nem para nós nem

para o cliente”. De qualquer modo, “principalm­ente nos primeiros dias (do alargament­o do horário até às 22 horas), sentimos uma alegria imensa nos clientes por estarem, de certa forma, a voltar à liberdade. Nós também já tínhamos muitas saudades de servir jantares”.

A partir de sexta, com mais uma hora de funcioname­nto, Tiago Andrade espera não só mais clientes madeirense­s como também turistas. Com o corredor britânico, será uma mais-valia para todos nós, restaurant­es, hotéis...”, disse o gerente, comentando que o turista britânico está ‘sedento’ de liberdade.

Questionad­o sobre se será possível recuperar o que foi perdido nos últimos meses, Tiago Andrade respondeu que “não vale a pena pensar em tentar recuperar. Há que tentar manter e tentar reconquist­ar o que tínhamos antes. Penso que ninguém pensa nisso. Pensamos é em recomeçar”.

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