Jornal Madeira

PSD e PS votam contra proposta da ALRAM de IMI ser pago em cinco prestações

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A possibilid­ade de o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) poder ser pago na Madeira em cinco prestações, devido à crise provocada pela covid-19, levantou ontem dúvidas aos deputados na Assembleia da República quanto ao impacto na tesouraria dos municípios.

Em causa está uma proposta de lei da Assembleia Legislativ­a da

Região Autónoma da Madeira que pretende que o IMI possa ser pago em cinco prestações sempre que o montante a pagar seja superior a 100 euros, a ser liquidado nos meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro.

A alteração proposta pressupõe, igualmente, que o IMI possa ser liquidado em uma prestação, no mês de maio, quando o seu montante seja igual ou inferior a 50 euros ou em duas prestações (maio e novembro), quando o montante é superior a 50 euros e igual ou inferior a 100 euros.

O atual regime de IMI, em vigor deste 2013, abre a possibilid­ade de o imposto ser pago em três prestações (abril, julho e novembro) sempre que o valor seja superior a 500 euros.

“Se as dificuldad­es financeira­s se refletiram no pagamento das hipotecas, tendo sido aplicada como medida de apoio às famílias as moratórias bancárias de diferiment­o dos pagamentos, lógico será que medida idêntica se aplique no que respeita ao pagamento do

IMI”, pode ler-se na proposta de lei da ALRAM.

Ontem, durante a discussão do diploma na Assembleia da República, CDS-PP, PCP e BE mostraram disponibil­idade para a proposta de lei vir a ser “aperfeiçoa­da” em sede de especialid­ade, ao contrário do PS e do PSD, que falam do impacto negativo da proposta.

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