Presidente da República lembra passado colonial
A Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância, do Conselho da Europa, considerou ontem que, apesar de algumas medidas positivas, as autoridades portuguesas apenas implementaram parcialmente a sua recomendação para que não se verifiquem ações de despejo ilegais.
Segundo uma recomendação daquela comissão, qualquer pessoa em risco de ser despejada à força da sua casa deve ter acesso a todas as garantias, ou seja, notificação prévia adequada, proteção legal e jurídica apropriada e a possibilidade de ser realojado em instalações decentes.
Segundo a Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância, a recomendação de que todas as
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou ontem em Bissau o passado colonial, considerando que Portugal atuou "nem sempre bem, muitas vezes mal", mas foi ao longo da sua História plataforma entre culturas e civilizações.
Marcelo Rebelo de Sousa falava perante o Presidente da República da Guiné-bissau, Umaro Sissoco Embaló, que ontem o recebeu no Palácio da Presidência, na capital guineense, durante a sua visita oficial a este país.
Depois de ouvir Umaro Sissoco Embaló considerar que a sua presença na Guiné-bissau é "mais importante do que a visita de Joe Biden", porque não está em causa o dinheiro, mas a amizade, o Presidente português concordou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ao seu homólogo que "encontrará certamente outros países com mais dinheiro para investir, com mais poder económico no mundo, com mais ambições geopolíticas no universo", mas "não encontrará muitos mais países como Portugal, capazes de fazer plataformas entre culturas, civilizações, oceanos e continentes".
"Fê-lo ao longo da sua História, nem sempre bem, muitas vezes mal. O passado colonial é um passado que nós assumimos em plenitude, também naquilo que nele não foi positivo. Mas é isto que explica esta plataforma", acrescentou.