Cerca de 47.000 palestinianos procuram refúgio em escolas
A ONU diz que cerca de 47.000 palestinianos procuraram abrigo em escolas devido aos ataques israelitas, e saúda a abertura do posto de passagem de Querem Shalom, para permitir a entrada de ajuda humanitária.
O porta-voz do gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Jens Laerke, disse ontem que o conflito israelo-palestiniano já provocou quase 60.000 deslocados, dos quais cerca de 47.000 se recolheram em 58 escolas da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (UNRWA) em
Gaza. Entretanto a Amnistia Internacional disse que ataques israelitas contra edifícios residenciais em Gaza e o lançamento de foguetes por palestinianos podem ser considerados “crimes de guerra ou crimes contra a humanidade” e pediu uma investigação do Tribunal Penal Internacional.
Num comunicado, a AI indica que “as forças israelitas demonstraram um desprezo chocante pelas vidas de civis palestinianos, realizando uma série de ataques aéreos contra edifícios residenciais (…) em ataques que podem equivaler a crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”.
Ajuda internacional
O Egito vai enviar ajuda humanitária e dar 500 milhões de dólares (409 milhões de euros) para a reconstrução em Gaza, onde mais de 200 pessoas morrerem em ataques israelitas desde 10 de maio, segundo responsáveis egípcios.
A França apelou a Israel para “garantir o acesso rápido e sem obstáculos de ajuda a Gaza”, após o encerramento de uma passagem crucial, declarou ontem o primeiro-ministro, Jean Castex, na Assembleia Nacional.
“Uma caravana humanitária foi autorizada hoje [ontem] e este movimento deve continuar”, insistiu Castex, enquanto a comunidade internacional trabalha para conter a violência entre Israel e grupos armados da Faixa de Gaza.
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o rei Abdullah II, da Jordânia, já exigiram um “cessar-fogo imediato” no Médio Oriente para permitir novas “negociações políticas” entre Israel e o grupo islâmico xiita Hamas.