Cáritas lança campanha em favor da população de Gaza
A confederação internacional da Cáritas lançou uma campanha de solidariedade em favor da população de Gaza, afetada pelo conflito entre Israel e Palestina, com 201 mortos, incluindo 58 crianças.
Às primeiras horas desta segunda-feira, a aviação israelita realizou dezenas de ataques a zonas da Faixa de Gaza, alguns visando os túneis do Hamas, numa ofensiva que durou cerca de 20 minutos.
Já do lado palestiniano, foram disparados rockets contra cidades do sul de Israel, numa aparente resposta ao assassinato de um alto comandante da Jihad islâmica.
A equipa da Cáritas de Jerusalém sublinha que “o bombardeamento é imprevisível e as bombas são mais poderosas do que nas guerras anteriores”.
Os funcionários da organização católica têm trabalhado em Gaza há vários anos, prestando serviços essenciais à população mais pobre, “incluindo cuidados de saúde, nutrição e apoio psicossocial para pessoas traumatizadas por anos de restrições e violência”.
A Cáritas sublinha que cerca de 80% da população de Gaza depende de ajuda humanitária e cerca de 90% das famílias não têm acesso a água potável.
O Papa manifestou este domingo a sua “enorme preocupação” com a situação na Terra Santa, condenando a “inaceitável” morte de crianças no conflito entre Israel e Palestina.
Na segunda-feira, o presidente da Turquia telefonou a Francisco, agradecendo-lhe por esse apelo e acusando Israel de atacar todos, “muçulmanos, cristãos e a humanidade”.
“O presidente Erdogan enfatizou a importância da mensagem do Papa Francisco a Israel para mobilizar o mundo cristão e a comunidade internacional”, refere a Presidência turca, num comunicado divulgado online.
Entretanto o patriarca latino de Jerusalém afirmou que a situação que se vive na região “é terrível” e tem como consequência um “longo período da cultura do desprezo”. “Não há direitos iguais para todos, há cidadãos de séries A e B. É o que vemos claramente no dia a dia: direitos desrespeitados, falta de emprego e assentamentos, coisas que já sabemos e estamos cansados de repetir”, disse D. Pierbattista Pizzaballa em declarações enviadas ontem à Agência Ecclesia pelo Christian Media Center.