ACIF pede a Lisboa o mesmo apoio que tem o Algarve
Associação espera que as ajudas para a retoma da atividade turística também incluam a Região Promoção ganha reforço de dois milhões de euros Greve no SEF pode prejudicar verão na Madeira.
O presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal defendeu, junto do Governo da República, que a Madeira também deve ser abrangida pelos apoios que estão a ser preparados para a retoma turística do Algarve.
Em declarações ao JM, Jorge Veiga França divulgou que, quando tomou conhecimento que estava a ser preparado um plano de apoio para regiões como o Algarve ou Lisboa, decidiu escrever ao Executivo liderado por António Costa, no sentido de sensibilizar para a necessidade de incluir a Madeira nessa medida. “Desde o primeiro momento que se falou num plano de retoma turística para o Algarve, temo-nos dirigido ao Governo da República no sentido de que se vão ser lançados planos de retoma da atividade turística, a Madeira deveria também fazer parte desses mesmos planos. Temos razões e esperança para acreditar nisso”, expressou ao nosso Jornal, comentando que, apesar das várias medidas lançadas, o Governo Regional não tem todos os meios para ajudar os empresários do setor turístico.
Sem querer se alongar sobre o que tem transmitido ao Executivo nacional, uma vez que o Governo central ainda não apresentou o plano de retoma turística que prometeu para as regiões mais prejudicadas pela pandemia, o responsável pela ACIF adiantou, no entanto, que expôs as exigências acrescidas à Região Autónoma da Madeira. “Nós somos economicamente uma região que, no âmbito da Constituição, tem determinadas obrigações, deveres e direitos, tem um estatuto autonómico, uma Lei de Finanças Regionais que obriga a determinadas regras acordadas. Mas nós sempre defendemos que em situações extraordinárias como a que vivemos tem de haver soluções extraordinárias”.
Veiga França também sensibilizou para os efeitos nefastos da pandemia na Região, em termos económicos, em particular no setor do turismo, que serão maiores do que no Algarve, devido às dependências inerentes à insularidade, nomeadamente em termos de transportes, por exemplo. “Temos transmitido que entendemos que a região da Madeira é das mais afetadas e das mais dependentes do setor turístico e que por isso tem de ser incluída nesses planos”.
Face ao que expôs ao Governo central, o presidente da ACIF tem “fortes esperanças” de que os seus apelos serão tidos em conta e que “se ajudarão estes setores da economia regional da mesma forma como se considerarão as ajudas das empresas que ao nível do continente também têm necessidade de ser ajudadas neste momento particular. Esperemos que, nos tempos mais próximos, isso possa ser uma realidade e que nós possamos contar com esses apoios adicionais que são importantíssimos para as dificuldades que todos os nossos empresários ligados a esta atividade têm vindo a sofrer terrivelmente”.
Jorge Veiga França levantou “a ponta do véu”, lembrando que “há não muito tempo, o ministro do Planeamento referia, e bem, que o plano de retoma do turismo também deveria existir para a Madeira. E isso faz parte do que temos vindo a defender antes até de o senhor ministro ter dito isso”.