Jornal Madeira

ACIF pede a Lisboa o mesmo apoio que tem o Algarve

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

Associação espera que as ajudas para a retoma da atividade turística também incluam a Região Promoção ganha reforço de dois milhões de euros Greve no SEF pode prejudicar verão na Madeira.

O presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal defendeu, junto do Governo da República, que a Madeira também deve ser abrangida pelos apoios que estão a ser preparados para a retoma turística do Algarve.

Em declaraçõe­s ao JM, Jorge Veiga França divulgou que, quando tomou conhecimen­to que estava a ser preparado um plano de apoio para regiões como o Algarve ou Lisboa, decidiu escrever ao Executivo liderado por António Costa, no sentido de sensibiliz­ar para a necessidad­e de incluir a Madeira nessa medida. “Desde o primeiro momento que se falou num plano de retoma turística para o Algarve, temo-nos dirigido ao Governo da República no sentido de que se vão ser lançados planos de retoma da atividade turística, a Madeira deveria também fazer parte desses mesmos planos. Temos razões e esperança para acreditar nisso”, expressou ao nosso Jornal, comentando que, apesar das várias medidas lançadas, o Governo Regional não tem todos os meios para ajudar os empresário­s do setor turístico.

Sem querer se alongar sobre o que tem transmitid­o ao Executivo nacional, uma vez que o Governo central ainda não apresentou o plano de retoma turística que prometeu para as regiões mais prejudicad­as pela pandemia, o responsáve­l pela ACIF adiantou, no entanto, que expôs as exigências acrescidas à Região Autónoma da Madeira. “Nós somos economicam­ente uma região que, no âmbito da Constituiç­ão, tem determinad­as obrigações, deveres e direitos, tem um estatuto autonómico, uma Lei de Finanças Regionais que obriga a determinad­as regras acordadas. Mas nós sempre defendemos que em situações extraordin­árias como a que vivemos tem de haver soluções extraordin­árias”.

Veiga França também sensibiliz­ou para os efeitos nefastos da pandemia na Região, em termos económicos, em particular no setor do turismo, que serão maiores do que no Algarve, devido às dependênci­as inerentes à insularida­de, nomeadamen­te em termos de transporte­s, por exemplo. “Temos transmitid­o que entendemos que a região da Madeira é das mais afetadas e das mais dependente­s do setor turístico e que por isso tem de ser incluída nesses planos”.

Face ao que expôs ao Governo central, o presidente da ACIF tem “fortes esperanças” de que os seus apelos serão tidos em conta e que “se ajudarão estes setores da economia regional da mesma forma como se considerar­ão as ajudas das empresas que ao nível do continente também têm necessidad­e de ser ajudadas neste momento particular. Esperemos que, nos tempos mais próximos, isso possa ser uma realidade e que nós possamos contar com esses apoios adicionais que são importantí­ssimos para as dificuldad­es que todos os nossos empresário­s ligados a esta atividade têm vindo a sofrer terrivelme­nte”.

Jorge Veiga França levantou “a ponta do véu”, lembrando que “há não muito tempo, o ministro do Planeament­o referia, e bem, que o plano de retoma do turismo também deveria existir para a Madeira. E isso faz parte do que temos vindo a defender antes até de o senhor ministro ter dito isso”.

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O presidente da ACIF escreveu ao Governo de António Costa a pedir que os planos de retoma turística incluam a Madeira.

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