UMA deixa passar caso de assédio sexual
Repudiando “todos e quaisquer atos de assédio, ou mesmo meras tentativas”, a Universidade da Madeira não vai adotar, pelo menos para já, nenhum procedimento nem nenhuma intervenção pública face à denúncia de assédio sexual, noticiada pela Revista Sábado de 29 de abril de 2021, lembrando que a queixosa não oficializou o sucedido junto do organismo, optando por outra gestão da situação, que a UMA respeita.
Esta decisão foi assumida por Sílvio Fernandes, numa posição oficial divulgada ontem a todos os professores da Faculdade de Ciências Sociais da UMA. “Entende-se respeitar a gestão que a alegada vítima de assédio escolheu adotar quanto à gestão da situação em causa, designadamente não tendo oficializado junto da UMA qualquer participação ou procedimento sobre o assunto, razão pela qual, e por agora, se considera constituir o presente esclarecimento a posição oficial da UMA”, assume o reitor
O caso resulta da denúncia da economista Vera Gouveia Barros, na altura dos factos docente na UMA, feita na ‘Sábado’, no âmbito da publicação de uma série de casos similares. A denúncia suscitou a exigência de uma posição pública por parte da instituição, e foi isso que ontem foi oficialmente esclarecido.
“A UMA e os seus órgãos repudiam todos e quaisquer atos de assédio, ou mesmo meras tentativas, e qualquer interferência no âmbito da atividade escolar e da carreira universitária, decorrentes de tais atos”, refere Sílvio Fernandes. E saliente que todas e quaisquer situações, em que eventuais vítimas de assédio, no seio da Universidade, entendam oficializar essas ocorrências e reclamar o procedimento adequado, “não hesitará em adotar os procedimentos legais que se tenham por adequados, designadamente disciplinares e mesmo, se for o caso, dando conhecimento de tais situações ao Ministério Público, para os efeitos tidos por adequados”.
A entrevista relacionada com a denúncia pode ser ouvida em https://open.spotify.com/episode/5ucazlggvigpkiqnmrfauk