Expectativas divididas na retoma económica
O regresso à normalidade deixa a comunidade madeirense em Londres otimista mas também expectante.
Ano e meio após o encerramento da economia devido à crise pandémica, o Reino Unido está a tentar voltar à normalidade, com a comunidade madeirense a mostrar-se otimista mas ao mesmo tempo expectante em relação à retoma económica.
Isto mesmo foi constatado pelo diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, durante o segundo dia da visita oficial ao Reino Unido, integrando a comitiva da secretária de Estado das Comunidades Portuguesas.
"Há um sentimento misto de otimismo e esperança, após este ano e meio de encerramento da economia, que agora está a tentar voltar à normalidade, que ainda não é uma normalidade plena, mas também de apreensão por causa do Brexit", afirmou o governante madeirense.
Comunidade esperançosa
portugueses residentes no Reino Unido, ou seja, a esmagadora maioria, solicitaram o estatuto de residente, o que significa que mantêm a confiança no país". Por outro lado, há um sentimento de indefinição. "A comunidade está expectante por causa do Brexit, o que é normal no início. É algo que se desconhece, ninguém sabe dizer o que realmente se vai passar".
Mas mesmo com a vacinação a avançar a todo o vapor, o setor do turismo está quase parado, nota Rui Abreu. "Aqui, em Londres, praticamente não há turismo, porque o condicionalismo ao nível de testes é tão grande que desencoraja as pessoas a viajarem até ao Reino
Unido e também a saírem".
Neste sentido, Rui Abreu entende que enquanto se mantiverem estas restrições não haverá grandes fluxos turísticos.
Testagem complicada
A testagem à covid-19 é bastante complicada, afirmou Rui Abreu. "Só esta manhã, a nossa comitiva fez três testes: um teste rápido para entrar numa escola, um PCR que é o teste de 48 horas após a chegada ao Reino Unido, e outro PCR que é teste das 72 horas para poder sair do Reino Unido", disse, acrescentando que "tudo isto com um custo de 360 libras assumido por cada pessoa, uma vez que o governo não paga".