Energia mais cara na Europa
Os cidadãos e empresas da União Europeia (UE) estão a pagar contas mais elevadas de energia porque a Comissão Europeia mantém no mercado as lâmpadas fluorescentes que devia ter proibido em 2018, acusam organizações ambientalistas internacionais.
Segundo um relatório publicado ontem, os consumidores portugueses vão pagar mais 237 milhões de euros em contas de eletricidade nos próximos dois anos devido à não proibição de lâmpadas fluorescentes na Europa este ano. Essa proibição iria também evitar o uso de mais de uma tonelada de mercúrio.
O alerta é feito num comunicado enviado pelo Gabinete Europeu do Ambiente (European Environmental Bureau, EEB, na sigla original), que junta mais de 170 organizações ambientais da Europa, e cita um estudo de outra organização não-governamental sobre desempenho energético, CLASP, uma organização internacional criada em 1999 com sede em Washington.
No comunicado ontem conhecido, a EEB acusa a multinacional Signify (Philips) de se apresentar como “campeão ambiental”, mas de continuar a ganhar “centenas de milhões de euros” em receitas provenientes de lâmpadas que são nocivas para o ambiente.