Zuma: de veterano do apartheid a suspeito
A sentença de Zuma e a consequente prisão estão a ser encaradas como um teste da capacidade da nação pós-apartheid de aplicar a lei de forma justa, 27 anos depois que o Congresso Nacional Africano (ANC).
A sua prisão irritou os apoiantes de Zuma e expôs fragilidades dentro do ANC. A ordem de prisão foi vista como o capítulo inesperado na vida de um ativista anti-apartheid agora suspeito de alegada corrupção.
Jacob Zuma passou dez anos na prisão, durante o apartheid, por conspirar para derrubar o Governo. Agora volta a enfrentar a prisão, numa detenção que é considerada histórica.
Zuma é acusado de corrupção em compra de armamento em 1999 e de favorecer empresários durante sua presidência (2009-2018). Tido como um veterano da luta contra o regime de apartheid, desde que saiu da presidência, em 2018, foi citado em vários escândalos.
O ex-presidente é acusado de corrupção antes e durante sua gestão. Zuma presidiu a África do Sul entre 2009 e 2018. Na presidência, é suspeito de ter permitido que três empresários recebessem dinheiro de forma ilegal do Estado, mas só renunciou após ser forçado pelo seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), o mesmo de Nelson Mandela.