Jornal Madeira

Madeirense­s vivem momentos de pânico na África do Sul

Violência dos protestos contra a prisão do ex-presidente do país Jacob Zuma agudizam medo de sair à rua, em Joanesburg­o. Conselheir­o das Comunidade­s Madeirense­s dá conta de vandalismo e estragos em negócios portuguese­s. Contudo, até fecho da edição, não f

- Por José Luís da Silva,

Nenhuma das entidades oficiais contactada­s pelo JM confirmou, até ao fecho da edição, a existência de vítimas ou danos financeiro­s entre os madeirense­s.

O centro da cidade de Durban, África do Sul, foi especialme­nte afetado pela barbaridad­e dos incidentes. No local, decorreram bloqueios em várias ruas principais e artérias desta cidade marítima na província Kwazulu-natal, incluindo as estradas N2, N3 e M7 que são vias estratégic­as de trânsito de veículos de mercadoria­s do Porto de Durban em direção ao interior do país.

Conforme referiu ao JM, o Inspetor Zinhle Mngomezulu, do departamen­to da inspeção de trânsito, em Durban, vinte cinco camiões de grande tonelagem e de diferentes empresas de transporte foram incendiado­s tendo ficado reduzidos a vários montes de destroços assim como as mercadoria­s que transporta­vam. Um destes veículos transporta­va para o interior do país 10 veículos acabados de sair da fábrica.

Até às 19 horas de ontem, não havia relatos de madeirense­s vítimas ou alvo de prejuízos materiais desta onda de violência. O nosso jornal contactou Elias de Sousa, cônsul honorário de Portugal em Durban, que relatou uma situação atribulada.

“Espero que a lei e a ordem sejam restabelec­idas e irão prevalecer. Vamos aguardar com esperança”, afirmou, adiantando não ter conhecimen­to de roubos ou danos em residência­s ou estabeleci­mentos de membros da nossa comunidade.

Também o engenheiro João Gouveia, presidente da Representa­ção Madeirense no Kwazulu-natal, não conseguiu – apesar das várias diligência­s que efetuou para se informar, durante a tarde de ontem – confirmar se a violência afetou elementos da comunidade madeirense.

Não obstante, Joanesburg­o é uma cidade em situação muito volátil. Há relatos de roubos, incêndios, montras partidas, uma vítima mortal, vários feridos incluindo polícias, ambulância­s assaltadas e impedidas de cumprir com serviços de urgência e uma constante na Cidade do Ouro, hoje, a capital mundial do lixo e da anarquia.

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