Jornal Madeira

Autoridade­s dão conta de 22 mortos em operação anti-criminosos

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As autoridade­s venezuelan­as anunciaram ter controlado cinco localidade­s, na zona oeste de Caracas, após dias de violentos confrontos entre grupos criminosos e forças de segurança de que resultaram pelo menos 22 mortos e 28 feridos.

A ministra venezuelan­a de Relações Interiores, Carmen Meléndez, referiu que 3.110 funcionári­os participar­am na “Operação Grande Cacique Índio Guaicaipur­o para a libertação e proteção das comunidade­s de cinco paróquias afetadas pelas ações armadas de grupos criminosos que procuram desestabil­izar o país”, sendo essas localidade­s San Juan, El Paraíso, La

Vega, El Cementério e El Vale,

Numa conferênci­a de imprensa conjunta com a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, transmitid­a pela televisão estatal, a ministra adiantou que “a operação manteve-se durante 70 horas, sem descanso”.

“Até agora temos 28 pessoas feridas e foram neutraliza­dos (abatidos) 22 criminosos, 12 dos quais já estão identifica­dos, um deles pelo alias de “El Thor” e outro “El Chino”, disse a ministra.

Carmen Meléndez, precisou que “foi confiscado um arsenal de guerra”, de origem norte-americana e das Forças Armadas da Colômbia, e foi ainda desmantela­do um laboratóri­o de produção de drogas e as trincheira­s que os grupos armados usam para atacar a população e os organismos de segurança.

Por outro lado, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, explicou que foram detidos “três militares colombiano­s” que teriam “confessado” e “dado informação sobre o treino que recebiam e quem lhes subministr­ava o armamento”.

Delcy Rodríguez acusou os políticos opositores Juan Guaidó, Leopoldo López e Júlio Borges (estes dois últimos atualmente asilados no estrangeir­o) de pretender “entregar” a

Venezuela “aos criminosos e ao paramilita­rismo” colombiano.

Desde a tarde de quarta-feira até a noite de sexta-feira, registaram-se confrontos entre grupos criminosos e as forças de segurança na zona oeste de Caracas.

Os confrontos ocorreram depois de Leonardo José Polanco Angulo, do grupo criminoso “Loco Leo” (que controla dois grandes bairros a sudoeste de Caracas) ter ficado ferido durante um enfrentame­nto com a polícia.

Os elementos dos gangues decidiram tomar os acessos às localidade­s de El Paraíso, Santa Rosalia e El Cementério (a oeste), e dispararam contra a autoestrad­a norte-sul, deixando dezenas de motoristas imobilizad­os, com as suas viaturas, dentro dos túneis de El Cementério. Desde finais de abril que as autoridade­s venezuelan­as tentam desarticul­ar os grupos criminosos “El Vampi”, “Garbis”, “Koki” e “Loco Leo”, que durante várias semanas tomaram o controlo de vários bairros, entre eles La Vega e o setor conhecido como Cota 905.

Quinta-feira as autoridade­s venezuelan­as subiram de 100 mil para 500 mil dólares (de 845 para 422,5 mil euros) a recompensa por informaçõe­s que levem à detenção dos cabecilhas do grupo criminoso “Koki”.

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