Jornal Madeira

Estátua com dois metros homenageia Madre Virgínia

A peça escultória, que é da mesma autora da estátua de bronze do bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, está neste momento na primeira fase, em barro, passando brevemente para gesso e depois para a fundição em bronze.

- Por Guadalupe Pereira gpereira@jm-madeira.pt

A escultora Maria José Nunes Brito é a autora da estátua da Madre Virgínia Brites da Paixão, que é uma homenagem do povo “pela mulher que ela foi”, explicou Conceição Freitas, da Associação da Madre Virgínia, ao Jornal.

A estátua com dois metros de altura, assente num pedestal de 40 cm, será colocada na futura rotunda na freguesia de Santo António ( no cimo da Avenida das Madalenas), de onde era natural a Santa freirinha do Lombo dos Aguiares, como era conhecida Madre Virgínia.

A nova peça escultória, que é da mesma autora da estátua de bronze do bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, está neste momento na primeira fase, em barro, passando brevemente para gesso e depois para a fundição em bronze.

De acordo com a fundadora da Associação Madre Virgínia, a estátua já está paga até à fase do gesso, com o dinheiro angariado em várias iniciativa­s já realizadas. A partir de agora, a Associação está a angariar fundos para a fundição, “daí que estejamos a ir pelas paróquias a dinamizar”, dá conta Conceição Freitas, sublinhado que o livro escrito por si, com o título ‘Virgínia, a Menina do Anel Invisível’, a receita total é doada para este propósito.

A campanha de angariação de fundos que está a ser partilhada nas redes socias, no Facebook do Grupo de Oração pela Beatificaç­ão da Madre Virgínia, tem ainda à venda um postal com uma oração, uma camisola com o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria, rifas, e duas toalhas de Bordado Madeira, elaboradas pelas freiras do Mosteiro do Lombo dos Aguiares, para vender, sendo que outros valores podem ser doados através de transferên­cia bancária.

Processo de beatificaç­ão

Foi a 29 de dezembro de 2006, na capela do Mosteiro de Nossa Senhora da Piedade, da Ordem de Santa Clara, em Câmara de Lobos, que D. Teodoro de Faria procedeu à assinatura do documento oficial de abertura do processo diocesano de Beatificaç­ão e Canonizaçã­o da Madre Virgínia Brites da Paixão.

Recorde-se que o encerramen­to do processo e envio para Roma, para a Congregaçã­o para as Causa dos Santos, estava previsto para 24 de outubro de 2020, depois de 13 anos de um minucioso e rigoroso trabalho de investigaç­ão pela Comissão Histórica e estudo de documentos da Serva de Deus, mas teve de ser adiado devido à chegada de 70 cadernos de Roma, “escritos pela mão da Madre Virgínia”, aclara Conceição Freitas, dizendo que estará, para breve, o anúncio de nova data.

A Madre Virgínia nasceu no Lombo dos Aguiares, em Santo António, a 24 de outubro de 1860, no seio de uma família humilde e foi a mais nova de nove irmãos. Faleceu há 92 anos, em 1929.

Com 16 anos, entrou no Mosteiro de Nossa Senhora das Mercês, onde viviam, em clausura, religiosas da primeira regra de Santa Clara. Aos 23 anos, a irmã Virgínia tomou os votos solenes na Ordem de Santa Clara, onde foi abadessa, anos mais tarde.

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A estátua com dois metros de altura será colocada na futura rotunda na freguesia de Santo António.
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