Jornal Madeira

PSD defende “pressão internacio­nal” pela Venezuela

- Por Marco Milho mmilho@jm-madeira.pt

A situação política e social na Venezuela deu o mote para uma intervençã­o do deputado Carlos Fernandes, do PSD, que defendeu maior pressão internacio­nal para garantir a realização de eleições livres no país.

O deputado lusodescen­dente referiu, em relação ao episódio verificado na segunda-feira, que envolveu “o presidente legítimo da Venezuela, Juan Gaidó”, cuja casa foi invadida por “forças da ditadura chavista", que “se não fosse a coragem dos vizinhos e os jornalista­s que acorreram ao local, [Guaidó] teria sido detido”.

Carlos Fernandes sublinhou que “o mundo não pode ficar em silêncio e Portugal tem um compromiss­o para com a democracia” na Venezuela, onde reside uma comunidade de mais de 400 mil portuguese­s. Todavia, deixou críticas à presidênci­a portuguesa do Conselho da União Europeia, consideran­do que o Governo Central “podia ter feito mais, mas foi mais fácil escolher o caminho da covardia e do silêncio”.

“Não ajudou em nada”, disse, declarando ter ficado “triste e envergonha­do”.

O parlamenta­r realçou ainda que “a simples solidaried­ade não basta”, e que “é preciso exercer pressão junto do Governo português, juntos dos eurodeputa­dos e da própria União Europeia”.

Também o colega de bancada Carlos Rodrigues considerou que

“devia ter sido Portugal o pioneiro e o árbitro deste conflito internacio­nal”, e o líder parlamenta­r dos social-democratas, Jaime Filipe Ramos, afirmou que “Portugal tem sido conivente” com a situação na Venezuela.

Consideran­do ser necessário “mais do que receber e acolher” os emigrantes naquele país que decidem regressar, o responsáve­l da bancada da maioria no parlamento madeirense reforçou ser preciso “exigir que Portugal tenha uma ação mais concreta e enérgica”.

“Não podemos ter um povo a sofrer e o Governo português a assobiar e a olhar para o lado”, sublinhou.

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Carlos Fernandes afirmou que “sem criar mais pressão internacio­nal é impossível realizar eleições livres” no país.

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