PSD defende “pressão internacional” pela Venezuela
A situação política e social na Venezuela deu o mote para uma intervenção do deputado Carlos Fernandes, do PSD, que defendeu maior pressão internacional para garantir a realização de eleições livres no país.
O deputado lusodescendente referiu, em relação ao episódio verificado na segunda-feira, que envolveu “o presidente legítimo da Venezuela, Juan Gaidó”, cuja casa foi invadida por “forças da ditadura chavista", que “se não fosse a coragem dos vizinhos e os jornalistas que acorreram ao local, [Guaidó] teria sido detido”.
Carlos Fernandes sublinhou que “o mundo não pode ficar em silêncio e Portugal tem um compromisso para com a democracia” na Venezuela, onde reside uma comunidade de mais de 400 mil portugueses. Todavia, deixou críticas à presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, considerando que o Governo Central “podia ter feito mais, mas foi mais fácil escolher o caminho da covardia e do silêncio”.
“Não ajudou em nada”, disse, declarando ter ficado “triste e envergonhado”.
O parlamentar realçou ainda que “a simples solidariedade não basta”, e que “é preciso exercer pressão junto do Governo português, juntos dos eurodeputados e da própria União Europeia”.
Também o colega de bancada Carlos Rodrigues considerou que
“devia ter sido Portugal o pioneiro e o árbitro deste conflito internacional”, e o líder parlamentar dos social-democratas, Jaime Filipe Ramos, afirmou que “Portugal tem sido conivente” com a situação na Venezuela.
Considerando ser necessário “mais do que receber e acolher” os emigrantes naquele país que decidem regressar, o responsável da bancada da maioria no parlamento madeirense reforçou ser preciso “exigir que Portugal tenha uma ação mais concreta e enérgica”.
“Não podemos ter um povo a sofrer e o Governo português a assobiar e a olhar para o lado”, sublinhou.