Entrada no Banco de Fomento está para breve
O vice-presidente do Governo Regional revelou ontem, à margem da entrega de Prémios Ambientais Zona Franca da Madeira, que a intenção do Executivo madeirense é de ter concluído até ao final deste mês o processo de entrada da Região no capital do Banco Português de Fomento.
Segundo Pedro Calado, a Região está apenas à espera da vinda do ministro da Economia - prevista para o final deste mês - para que então sejam definidos os termos e as condições da participação da Madeira no Banco de Fomento. "Nós, neste momento, queremos é formalizar a nossa participação e julgo que até ao final deste mês teremos esse dossiê concluído", afirmou.
Para além de passar a ter assento no capital social do conselho de administração e nas políticas de decisão de investimento daquele Banco, Pedro Calado explicou que esta participação terá, como principal objetivo, "que todo o universo empresarial da Região possa ter acesso, de uma forma determinante, aos montantes de empréstimo que vão estar disponíveis para todo o tecido empresarial de Portugal".
Nesta fase, realçou, "há uma verba superior a 2,6 mil milhões de euros, através de empréstimos e que o Banco de Fomento vai materializar".
Além disso, revelou, "aquilo que já conseguimos, com o ministro do Planeamento, é que todas essas verbas estejam disponíveis para o nosso tecido económico empresarial, sem qualquer constrangimento e sem qualquer limite", ou seja, "as nossas empresas vão estar em pé de igualdade com todas as empresas ao nível nacional, para um montante global que o País possa aceder".
Defesa de ‘lobby' político
Pedro Calado defendeu ainda a necessidade de haver um ‘lobby’ político ao nível da União Europeia para defender os interesses da Zona Franca da Madeira. Argumentando que “não há que ter medo das palavras”, disse que, “muitas vezes, quando se fala em 'lobbies' há sempre uma conotação negativa” e que “não há que ter medo de falar nessas situações porque todas as outras praças que existem ao nível internacional fazem o seu trabalho de casa e são muitas vezes protegidas”.