Jornal Madeira

Movimento #Freezuma deixou rasto de destruição

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Continua a instabilid­ade em todo o país através das nove províncias da África do Sul, contemplan­do-se cenários de desolação inimagináv­eis resultante­s das ações violentas originadas pela campanha #Freezuma, que deixou um rasto de desespero para muitas pessoas e sentenciar­am outras mais.

O retrato em terras sul-africanas é de miséria devido à perda dos seus postos de trabalho que deverá atirar com a flecha de desemprego para os 46% da população ativa, o que por si só é uma tragédia.

Zuma foi o teste decisivo para o ANC lidar com os problemas disciplina­res dentro das suas hostes e até ao momento não foi mostrada intolerânc­ia ao comportame­nto, indecoroso e impróprio, de alguns dos seus membros.

Os acontecime­ntos que se verificara­m à volta da residência privada do ex-presidente onde os seus apoiantes convergira­m fisicament­e para uma demonstraç­ão de solidaried­ade para com o seu herói evidenciar­am que o ANC, partido governamen­tal que é também o partido das massas, promete mais do que faz.

Um partido que continua em busca de unidade mas que não se tem expressado com gestos de interesse pelo seu povo. Porém, a face de Zuma estampada em milhares de t-shirts assim como em banners publicitár­ios são um indicativo claro de que ainda respeitam e têm Zuma como o seu líder, evidencian­do pouco respeito por Cyril Ramaphosa.

Secretária consternad­a

Jessie Duarte, agora secretária-geral do ANC, evidencia-se consternad­a acerca da disciplina no seu partido o qual na realidade perdeu o controle e o código de conduta, pode dizer-se agora, praticamen­te inexistent­e ou completame­nte ignorados.

Em Durban contaram-se várias mortes de manifestan­tes e nalguns casos o motivo foi pancadaria entre indivíduos. No bairro negro de Voslorous, em Ekhuruleni, os saques foram severos, e foi notória a preferênci­a por farmácias, as quais encerraram na totalidade.

Os proprietár­ios e empregados removeram todos os produtos para venda para local seguro e evidenciar­am-se muito insatisfei­tos pela falta de comparênci­a da polícia.

Em Salsolburg­o na província de Free State, um comerciant­e madeirense de grande prestígio e bem conotado naquela área e que receava por ações de campanha #Freezuma, quando se preparava para encerrar o seu estabeleci­mento por razões de segurança do seu negócio e dos seus empregados, um oficial do partido governamen­tal dirigiu-se ao local afiançando que estavam preparados para defender o negócio e que não tivesse receio, o que surpreende­u o madeirense natural do Palheiro Ferreiro, o qual manifestou o seu agradecime­nto.

JLS

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