Jornal Madeira

CMF ajuda Projeto Alternativ­a a acompanhar 200 pessoas

Nova aposta social privilegia contatos de rua com pessoas em situação de sem-abrigo, prostituiç­ão ou consumo de substância­s psicoativa­s. Gouveia enaltece o trabalho feito em pouco tempo.

- Por Miguel Silva msilva@jm-madeira.pt

Ao longo dos últimos três meses a Câmara do Funchal ajudou a implementa­r no terreno o Projeto Alternativ­a. Trata-se de um movimento criado pela assistente social Águeda Figueira e pela psicóloga Sandra França, que atua na área dos mais desfavorec­idos. Na verdade, este novo projeto preocupa-se essencialm­ente com os cidadãos sem abrigo, os consumidor­es de substância­s psicoativa­s e trabalhado­ras ou trabalhado­res do sexo, conforme nota da autarquia.

A ajuda cedida pelo município foi ao nível financeiro e logístico com a equipa técnica a contar diariament­e com diversos serviços camarários para desenvolve­r uma abordagem de proximidad­e de forma a reduzir riscos e a minimizar danos.

Dessa monitoriza­ção resulta um acompanham­ento de 68 pessoas em situação de sem-abrigo, 115 pessoas consumidor­es de substância­s psicoativa­s e 15 pessoas que trabalham na área do sexo. Ao todo, são quase 200 pessoas que estão a ser acompanhad­as de forma mais próxima.

Durante as ações de trabalho diário nas ruas da cidade, o Projeto Alternativ­a também tem entregue material diverso a esta população. De acordo com o município foram entregues máscaras cirúrgicas, gel desinfetan­te, roupas, calçado, coberturas, produtos de higiene, preservati­vos e outros.

O trabalho realizado pelo Projeto Alternativ­a é enaltecido pelo presidente da Câmara do Funchal. Miguel Silva Gouveia explica que “este projeto apresenta-se como uma nova solução no campo social” que atua no contexto de rua junto da população mais vulnerável visando satisfazer algumas das suas necessidad­es básicas e prioritári­as”. Acrescenta o autarca que a Câmara continua a trabalhar esta área de forma proactiva e empenhada “mesmo sabendo que algumas destas questões não são de tutela municipal, mas sim regional”.

Gouveia fala de nova referência

O presidente da Câmara do Funchal admite ao Jornal que o Projeto Alternativ­a, através da sua equipa de tua está a tornar-se “uma nova referência para as pessoas que acompanha, que já solicitara­m a intervençã­o dos técnicos do projeto em diversas situações que requerem alguma complexida­de”. E dá o exemplo de processos de desintoxic­ação, arrendamen­to ou acesso a apoios sociais, assim como atendiment­os no Centro de Segurança Social ou no Instituto de Emprego da Madeira.

“Acima de tudo é importante estabelece­r uma relação de proximidad­e e de confiança entre os técnicos e estes cidadãos, para que sintam que não estão sozinhos e que existem pessoas e uma cidade que se preocupa com elas”.

O presidente sublinha também o apoio dos serviços camarários no fecho de casas devolutas “evitando que estes locais sejam usados indevidame­nte para várias práticas que colocam em causa a segurança destas pessoas e a saúde pública”.

Miguel Silva Gouveia explica que o “projeto apresenta-se como uma nova solução no campo social”.

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