Jornal Madeira

Próximo ano letivo terá 16 escolas com avaliações por semestre

Há mais três escolas a optarem pelo modelo semestral em vez dos três períodos letivos. São todas de Santa Cruz e juntam-se às 13 que, no ano letivo transato, seguiram este sistema.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

Há cada vez mais escolas interessad­as na divisão do ano letivo por semestres em vez dos tradiciona­is três períodos. Para o próximo ano letivo, serão 16 os estabeleci­mentos de ensino da Região a seguirem este modelo, distribuíd­os pelos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Machico, Santana, Ponta do Sol e Calheta. No ano que terminou foram 13 e já no ano letivo de 2019/2020 tinham sido 11.

A partir de setembro, aderem a esta metodologi­a mais três escolas, desta feita, do concelho de Santa Cruz. As escolas básicas do 1º ciclo com Pré-Escolar das Figueirinh­as, da Assomada e do Caniço juntam-se à Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço, à Escola Básica e Secundária de Santa Cruz e à Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Alfredo Ferreira Nóbrega Júnior, que já tinham aderido ao modelo semestral.

Ao JM, a Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia faz uma avaliação global sobre o modelo semestral “francament­e positiva” destacando, entre outros aspetos, a maior flexibilid­ade na gestão dos períodos de aulas e dos períodos de interrupçã­o letiva. “Com esta divisão em dois semestres, são potenciada­s a motivação, o empenho e o estudo dos alunos, permitindo ainda um melhor equilíbrio entre esses períodos”, explica a SRE, reconhecen­do que “a organizaçã­o em três períodos letivos correspond­e a tempos de aulas desequilib­rados e normalment­e um terceiro período muito curto”.

A tutela aponta também como uma mais valia deste modelo “o desenvolvi­mento de opções curricular­es que reforçam o trabalho colaborati­vo entre os docentes e os alunos e potenciam a implementa­ção e aprofundam­ento dos domínios de autonomia curricular (DAC) e ou outros projetos interdisci­plinares (metodologi­a de projeto).

A este respeito, enaltece o incremento da frequência de reuniões e encontros das equipas pedagógica­s ao nível da planificaç­ão, coordenaçã­o e lecionação dos conteúdos, “tendo em vista adequar toda a ação educativa ao Perfil dos Alunos ao longo da Escolarida­de Obrigatóri­a e as Aprendizag­ens Essenciais”, uma

maior aposta na diferencia­ção pedagógica e na diversific­ação das estratégia­s e experiênci­as educativas, proporcion­ado aos alunos aprendizag­ens significat­ivas.

Isto sem esquecer que a divisão do ano letivo por semestres possibilit­a também uma “maior flexibilid­ade na gestão do currículo e dos conteúdos programáti­cos previstos e o esforço do foco na avaliação formativa e contínua, que permite uma monitoriza­ção constante da aprendizag­em dos alunos ao longo do ano, reduzindo-se a pressão dos três períodos de avaliação”. No entender da Secretaria regional, tal potencia “uma melhor distribuiç­ão dos momentos de avaliação e da aplicação diversific­ada de instrument­os de recolha de informaçõe­s (trabalhos, relatórios, trabalhos escritos presenciai­s, testes, trabalhos de grupo, etc…) sobre as aprendizag­ens que os alunos estão a realizar”.

Mas, outras vantagens há relativame­nte a este modelo, como continua a expor a SRE: “redução do trabalho burocrátic­o inerente ao processo de avaliação sumativa dos alunos; reforço das componente­s práticas das disciplina­s; desenvolvi­mento de um Plano de Inovação Pedagógica que potencia a promoção do sucesso educativo, a dinamizaçã­o de novas aprendizag­ens, o reforço das presenças das novas tecnologia­s neste processo que estimula o gosto por aprender, o espírito crítico, a criativida­de e a comunicaçã­o”.

CONCELHOS

FUNCHAL

SANTA CRUZ

MACHICO

SANTANA

PONTA DO SOL

CALHETA

“Com esta divisão em dois semestres, são potenciada­s a motivação, o empenho e o estudo dos alunos, permitindo ainda um melhor equilíbrio entre esses períodos”, explica a SRE

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