Próximo ano letivo terá 16 escolas com avaliações por semestre
Há mais três escolas a optarem pelo modelo semestral em vez dos três períodos letivos. São todas de Santa Cruz e juntam-se às 13 que, no ano letivo transato, seguiram este sistema.
Há cada vez mais escolas interessadas na divisão do ano letivo por semestres em vez dos tradicionais três períodos. Para o próximo ano letivo, serão 16 os estabelecimentos de ensino da Região a seguirem este modelo, distribuídos pelos concelhos do Funchal, Santa Cruz, Machico, Santana, Ponta do Sol e Calheta. No ano que terminou foram 13 e já no ano letivo de 2019/2020 tinham sido 11.
A partir de setembro, aderem a esta metodologia mais três escolas, desta feita, do concelho de Santa Cruz. As escolas básicas do 1º ciclo com Pré-Escolar das Figueirinhas, da Assomada e do Caniço juntam-se à Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos do Caniço, à Escola Básica e Secundária de Santa Cruz e à Escola Básica dos 2º e 3º Ciclos Dr. Alfredo Ferreira Nóbrega Júnior, que já tinham aderido ao modelo semestral.
Ao JM, a Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia faz uma avaliação global sobre o modelo semestral “francamente positiva” destacando, entre outros aspetos, a maior flexibilidade na gestão dos períodos de aulas e dos períodos de interrupção letiva. “Com esta divisão em dois semestres, são potenciadas a motivação, o empenho e o estudo dos alunos, permitindo ainda um melhor equilíbrio entre esses períodos”, explica a SRE, reconhecendo que “a organização em três períodos letivos corresponde a tempos de aulas desequilibrados e normalmente um terceiro período muito curto”.
A tutela aponta também como uma mais valia deste modelo “o desenvolvimento de opções curriculares que reforçam o trabalho colaborativo entre os docentes e os alunos e potenciam a implementação e aprofundamento dos domínios de autonomia curricular (DAC) e ou outros projetos interdisciplinares (metodologia de projeto).
A este respeito, enaltece o incremento da frequência de reuniões e encontros das equipas pedagógicas ao nível da planificação, coordenação e lecionação dos conteúdos, “tendo em vista adequar toda a ação educativa ao Perfil dos Alunos ao longo da Escolaridade Obrigatória e as Aprendizagens Essenciais”, uma
maior aposta na diferenciação pedagógica e na diversificação das estratégias e experiências educativas, proporcionado aos alunos aprendizagens significativas.
Isto sem esquecer que a divisão do ano letivo por semestres possibilita também uma “maior flexibilidade na gestão do currículo e dos conteúdos programáticos previstos e o esforço do foco na avaliação formativa e contínua, que permite uma monitorização constante da aprendizagem dos alunos ao longo do ano, reduzindo-se a pressão dos três períodos de avaliação”. No entender da Secretaria regional, tal potencia “uma melhor distribuição dos momentos de avaliação e da aplicação diversificada de instrumentos de recolha de informações (trabalhos, relatórios, trabalhos escritos presenciais, testes, trabalhos de grupo, etc…) sobre as aprendizagens que os alunos estão a realizar”.
Mas, outras vantagens há relativamente a este modelo, como continua a expor a SRE: “redução do trabalho burocrático inerente ao processo de avaliação sumativa dos alunos; reforço das componentes práticas das disciplinas; desenvolvimento de um Plano de Inovação Pedagógica que potencia a promoção do sucesso educativo, a dinamização de novas aprendizagens, o reforço das presenças das novas tecnologias neste processo que estimula o gosto por aprender, o espírito crítico, a criatividade e a comunicação”.
CONCELHOS
FUNCHAL
SANTA CRUZ
MACHICO
SANTANA
PONTA DO SOL
CALHETA
“Com esta divisão em dois semestres, são potenciadas a motivação, o empenho e o estudo dos alunos, permitindo ainda um melhor equilíbrio entre esses períodos”, explica a SRE