400 mil novos pobres são um "desígnio nacional"
O bispo de Leiria-fátima, António Marto, chamou ontem à atenção para os “400 mil novos pobres que esta pandemia [covid-19] fez”, considerando “um desígnio nacional” apoiá-los.
“Há um desígnio nacional a que somos todos chamados diante dos 400 mil novos pobres que esta pandemia fez”, disse hoje o cardeal António Marto na missa dominical celebrada no recinto do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, distrito de Santarém.
“Acudir a estas pessoas, não lhes ficar indiferente é um desígnio nacional”, reforçou o cardeal, recordando que, do ponto de vista da doutrina católica, este “desígnio nacional” é visto como “compaixão e misericórdia real e concreta” à qual não se pode “fechar os olhos”.
António Marto citou um documento da Comissão Nacional Justiça e Paz, organismo laico da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), segundo o qual estes números revelam “um aumento de 25% da taxa de pobreza e um aumento da desigualdade de 09%”, o que deixa Portugal “entre os cinco países da União Europeia com maior risco de pobreza”, realçou.