Jornal Madeira

Câmara já tem pedidos de licenciame­nto para o Castanheir­o

A CMF logrou já revogar o plano de pormenor para a zona do Castanheir­o e, em consequênc­ia, tem já em sua posse pedidos de licenciame­nto para a respetiva reabilitaç­ão, “preferenci­almente investidor­es para hotel de cidade”, diz Miguel Silva Gouveia ao JM.

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

A Câmara Municipal do Funchal tem já em análise pedidos de licenciame­nto para a zona da Rua do Castanheir­o, no centro do Funchal, há muito dominada por prédios devolutos, nomeadamen­te acima do ‘Castanheir­o Boutique Hotel’, este sim, um prédio já renovado e devidament­e alindado e otimizado, com 81 quartos, implementa­do numa área aproximada de 2.500 m2 e que foi inaugurado em dezembro de 2015.

Agora, outros devem seguir-lhe as pisadas, no seu enfiamento para norte, dado que a autarquia funchalens­e logrou já “extinguir o plano de pormenor que estava a bloquear o investimen­to”, releva ao JM Miguel Silva Gouveia.

O presidente da Câmara Municipal do Funchal lembra que aquando da promoção desse plano de pormenor, uma ‘herança’ recebida do passado, “foi prometido que traria uma revolução à zona do Castanheir­o, mas na verdade não fez nada e continua com os prédios devolutos”.

Com essa extinção, passa a vi

Revogámos o plano de pormenor [herdado] que prometera revolucion­ar a zona, e que estava a bloquear o investimen­to.

Miguel Silva Gouveia

gorar ‘apenas’ o Plano Diretor Municipal, e isso faz toda a diferença, conforme o autarca.

“Nós revogámos o plano de pormenor do Castanheir­o, que permite agora que os investidor­es possam reabilitar os prédios um a um, em vez de ser uma reabilitaç­ão integral”, conforme regista, desde logo, em relação à primeira grande alteração resultante.

Em consequênc­ia, “sim, já temos pedidos de licenciame­nto, com alguns investidor­es a procurarem reabilitar prédios isoladamen­te”, sendo que esta evolução de procedimen­tos “vem demonstrar que o plano que revogámos era bloqueador de procedimen­tos”.

Sem especifica­r detalhes daquilo que está em análise, revela, ainda assim, que se trata “preferenci­almente de investidor­es para o denominado hotel de cidade”, sendo que, por estas alturas “está ainda em fase de desenvolvi­mento de projeto, face à nova realidade, porque o que agora ali está em vigor é o PDM”.

Ora, além de permitir aquela (re)construção isolada, “o PDM garante outras condições do que possa ser edificado ali, enquanto o plano anterior obrigava, por exemplo, a fazer cinco caves de estacionam­ento, permitia a demolição de todas as fachadas e perder-se-ia o recorte urbano daquela zona”.

Ou seja, sob o PDM, “está salvaguard­ado agora o impacto ambiental, inclusive sobre essa escavadela para cinco caves, que outros exemplos do passado mostraram trazer problemas, como a intrusão salina na cidade”.

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Quarteirão da Rua do Castanheir­o é dominado, há muito, por prédios devolutos.

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