Aquecimento global apontado como o culpado pelo desastre
Além da Bélgica e da Alemanha, as fortes chuvas e as consequentes cheias causaram graves danos materiais em França, nos Países Baixos, no Luxemburgo e na Suíça.
As inundações devastadoras no oeste da Alemanha provocaram pelo menos 165 mortos e ainda há dezenas de pessoas desaparecidas, de acordo com o novo balanço feito ontem pelas autoridades alemãs.
Na região da Renânia-palatinado, a mais afetada pelo desastre, "o número de mortos é agora de 117", contra 112 contados anteriormente, "e há 749 feridos", disse à agência de notícias AFP Verena Scheuer, porta-voz da polícia de Koblenz.
Na Renânia do Norte-vestfália, o último relatório divulgado no domingo relatou "pelo menos" 47 mortos, enquanto uma outra morte foi registada na Baviera, no sul do país, afetado por inundações significativas neste fim de semana.
O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, deve visitar as áreas afetadas, incluindo Bad Neuenahr-ahrweiler, num dos vales mais afetados pelas enchentes.
O ministro conservador é alvo de uma discussão sobre uma possível falha dos sistemas de alerta à população.
A Alemanha continua em choque com o maior desastre natural da história recente do país.
No domingo, a chanceler Angela Merkel visitou a localidade de Schuld, onde o rio Ahr, transformado num torrente furiosa, destruiu parte do centro histórico.
"A língua alemã está a lutar para encontrar palavras para descrever a devastação causada", disse a chanceler, descrevendo uma devastação "surreal" e prometendo o apoio do Governo federal.
A partir de quarta-feira, uma ajuda de emergência de pelo menos 300 milhões de euros será aprovada pelo Governo alemão, antes de um vasto programa de reconstrução de vários milhares de milhões de euros.
O aquecimento global tem sido apontado tanto por especialistas quanto por políticos como o culpado por este desastre no país.