Só o médico vai poder escolher cirurgia e utente
A presidente do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) assegura que a escolha das cirurgias e dos utentes que farão os seus procedimentos nas clínicas privadas que venham a aderir ao convénio a assinar entre os setores público e privado, no âmbito do programa de recuperação de atividade clínica adiada, obedece a um “critério exclusivamente clínico”.
“Gostaria de salientar que toda a construção jurídica formal relativamente a este convénio com o setor privado tem exclusivamente um critério clínico, o que significa que são os respetivos diretores dos vários serviços que vão propor à direção clínica, que por sua vez dará essa autorização” sobre quem será “aqueles utentes e aquelas cirurgias” encaminhados para o privado, enfatizou Rafaela Fernandes.
O convénio que está a ser preparado e terá caráter “plurianual” pretende responder aos atrasos nas cirurgias, agravados pela pandemia da covid-19. A esta distância, Rafaela Fernandes diz ser extemporâneo quantificar quantas cirurgias poderão ser feitas no privado, uma vez que as negociações entre as partes estão em curso.
“Eu não posso responder a isso, porque eu não tenho essa informação ainda. Nós estamos em fase de negociação, em fase de construção da solução jurídica adequada para ser reforçada a complementaridade”, afirmou.
Certo é que a proposta prevê que os profissionais do SESARAM possam utilizar as salas de operação das clínicas e hospitais privados para executar cirurgias pendentes no público.
A resposta do privado vem dar uma ajuda para a redução das listas de espera para cirurgia, e não só, no setor público, numa altura em que está em preparação as obras no bloco central do SESARAM.
Paralelamente, a direção clínica do Serviço “está a reprogramar a atividade cirúrgica para a utilização máxima da capacidade das salas localizadas no rés-do-chão” do Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde já são realizadas pequenas cirurgias e cirurgias do ambulatório.
Para Rafaela Fernandes, as duas soluções vão permitir manter “em plenitude” a atividade cirúrgica, uma vez que são somadas as quatro salas disponíveis do piso 0 ao trabalho que se espera realizar no exterior pelas equipas médicas em atividade no convénio. Acresce que este modelo