Receita da Frente Mar aumenta 63,9% este ano
Os complexos balneares no Funchal ainda não recuperaram os valores pré-pandemia, quer nas entradas, quer na receita arrecadada, mas os números dos primeiros oito meses do ano, disponibilizados pela Câmara
Municipal do Funchal, indicam uma forte retoma.
Depois de um verão de 2020 altamente condicionado pelas restrições impostas para conter o avanço da pandemia na Madeira, que provocou uma queda de 44,3% nos acessos aos complexos geridos pela Frente Mar Funchal [Ponta Gorda, Barreirinha, Poças do Gomes e Lido] e de 49,3% no valor da receita, a recuperação em 2021 está a ser em “V”, mostrando que muitos funchalenses não perderam o gosto de desfrutar dos espaços funchalenses.
Com efeito, de janeiro a agosto deste ano, o número de entradas subiu 44,6% e a receita pulou 63,9%, face ao período homólogo do ano passado.
Para a Câmara Municipal do Funchal, são “bons” os indicadores de retoma que se registam este ano, consubstanciados num “claro aumento de entradas relativamente ao ano transato”, e quando presentemente ainda estão “bem presentes os condicionamentos devidos à crise sanitária que se prolonga”.
“A autarquia procurou, mais uma vez este ano, fazer tudo o que estava ao seu alcance no sentido de garantir a segurança em todos os complexos balneares a cargo do município, bem como as melhores condições possíveis para a prática balnear, tendo para o efeito realizado diversas obras de beneficiação antes do arranque da época balnear”, acrescenta o município.
Na leitura que faz do fluxo de entradas e da receita de um ano para o outro, a Câmara Municipal do Funchal sublinha que “a confiança demonstrada pelos funchalenses, e por todos quantos visitam o Funchal, é também um reconhecimento da qualidade que os nossos complexos oferecem ao longo de todo o ano”.
O Complexo Balnear do Lido é, de longe, o espaço balnear mais procurado por madeirenses e turistas, concentrando praticamente metade de todas as entradas dos quatro complexos (104 mil) e a fatia de leão da receita (164 mil euros). Segue-se o complexo da Barreirinha, que este ano já somou 68.470 entradas, depois as Poças do Gomes, com 27.781, e, por fim, a Barreirinha, visitada este ano por 24.422 pessoas.
Em matéria de receita, a tendência repete-se, com o Lido a ser o mais lucrativo, à frente da Ponta Gorda (105 mil euros), das Poças do Gomes (61 mil euros) e da Barreirinha (45 mil euros).
A Câmara Municipal do Funchal informa, ainda, que até ao final de agosto deste ano já foram registadas mais entradas do que durante todo o ano de 2020. De acordo com informação disponibilizada ao JM, em 2020 houve 197.208 entradas, um número inferior aos 224.964 bilhetes emitidos nos primeiros oito meses deste ano.
Apesar da recuperação, os números deste ano ainda estão abaixo do período pré-pandemia. Com efeito, as entradas caíram 19,5% de 2019 para 2021 e as receitas baixaram 17%, no mesmo período em análise.