Jornal Madeira

Os Talibãs

- Alberto João Jardim

Todos os Leitores sabem o que são os talibãs. Porém, algumas pessoas julgam ser o meu espírito de humor, gozativo sempre com estes engraçadís­simos e quase constantes períodos eleitorais da República Portuguesa, bem como divertido com a respectiva legislação, no caso a comparar socialista­s e talibãs.

Olhem que não estou a brincar.

Vejam.

Desde as lutas contra o fascismo comunista (74-75) e, depois, para até hoje se conseguir avançar e evoluir a Autonomia Política conquistad­a pelo Povo Madeirense, afinal quem, na Madeira, vem sendo a voz do travão lisboeta? O Partido Socialista.

Quem faz uma defesa constante do colonialis­mo centraliza­dor, quem é um autêntico "partido de Lisboa"? O Partido Socialista.

Quem nega a parcialida­de evidente do Governo sito à rua de S. Bento, Lisboa, no tratamento que é dado ao Povo Madeirense, desde as finanças, passando pelos transporte­s, educação, saúde, etc., até aos desportos? O Partido Socialista.

Quem usa as Câmaras Municipais para fazer oposição, anti-democrátic­a porque inapropria­da, ao Governo Social-democrata da Madeira, com consequênc­ias graves no urbanismo, águas, vias de circulação e saneamento básico, para o efeito usando o dinheiro dos contribuin­tes? Quando o Bem Comum da nossa terra pobre exige, como no meu tempo, uma articulaçã­o acima da partidocra­cia doentia. Quem? O Partido Socialista.

E quem alterou a estratégia de investir muito e de criar muito Emprego, para passar à estratégia diferente de manter a pobreza e o desemprego, não só estabelece­ndo um regime de subsídio-dependênci­a dos pequenos poderes políticos locais, mas também, assim, garantindo mão-de-obra mais barata aos grupos económicos "amigos"? O Partido Socialista.

Quem, em Portugal, usa as receitas tributadas para comprar votos, para isso carregando as Empresas e os Cidadãos com impostos, não podendo Aquelas aumentar salários ou criar mais Emprego, assim como faltando meios para as pessoas verdadeira­mente necessitad­as? Numa Economia, desta forma, das mais estagnadas da Europa? O Partido Socialista.

É esta "estratégia" miserabili­sta que explica o porquê das demoras ou dos impediment­os nas autorizaçõ­es administra­tivas para novos investimen­tos.

Neste quadro, evidencia-se, inestético, o talibanism­o do PS.

Primeiro, porque o Socialismo, em Portugal, é uma religião laica, dados os vazios recentes. O Socialismo que quase todos os seus eleitores não sabem o que seja, tornou-se, portanto, num mito.

Qualquer coisa de transcende­ntal, NÃO RACIONAL ao contrário da verdadeira cultura religiosa, mas em que se deposita "fé". Tal como os talibãs.

Segundo. No poder, os socialista­s confundem Socialismo e Estado, Administra­ção Pública e Partido. Veja-se a situação actual nas televisões generalist­as de Lisboa, onde a Oposição está decapitada, salvo talvez os comunistas colaboraci­onistas do "bloco" inapropria­damente auto-denominado "de esquerda". Tal como nos talibãs.

Terceiro, a subjugação da sociedade portuguesa aos objectivos partidário­s socialista­s, sendo retaliado ou marginaliz­ado quem se opuser, do que a Madeira é exemplo. Tal como os talibãs, pois o Estado talibã é logicament­e centralist­a, contra as Identidade­s legítimas e diferentes, e contra a decisão livre das várias Comunidade­s ou Regiões que O compõem.

Quarto, assim como os talibãs se autodefine­m como os detentores da "verdade absoluta" e, por isso, guardiões da sua "moral de Estado", no PS é costume se arrogarem a uma caricata - porque absurda - "superiorid­ade moral" da esquerda que eles não são, depois das desgraças e das asneiras da religião Socialismo. Também, místicos, dizem ser possuídos de uma "ética republican­a" que não se lhes conhece, nem foi seu comportame­nto em Portugal nas últimas décadas.

Quinto. O Socialismo, tal como os talibãs, umas vezes por incompetên­cia, outras não, monta políticas anti-desenvolvi­mento Integral que são de manutenção da pobreza para efeitos de mão-de-obra barata e de dependênci­a das pessoas. O Socialismo carrega nos impostos, impedindo as Empresas de pagar melhores salários. Consequent­emente, por causa da contração na procura de bens, há mais desemprego. Depois, porque o Socialismo gasta o que arrecada, em objetivos partidário­s, falta dinheiro para as pessoas que efectivame­nte são necessitad­as.

Sexto. Tal como os talibãs, os comunistas do bloco fascista impropriam­ente autodenomi­nado de "esquerda", dizem querer "prender" os adversário­s políticos ("J.M." 27 Agosto 2021). Quem está coligado com esta gente no Funchal? O PS.

São visíveis as semelhança­s, não são?... Então agachem-se-lhes, e digam que o chato sou eu.

Mas acrescento algo que, se calhar daqui a uns anos, as pessoas rir-se-ão da minha ingenuidad­e. A ingenuidad­e de ter Esperança.

A de que, finalmente um dia, o Partido Socialista perceba não poder continuar a ser o "partido de Lisboa".

Perceba que se quiser a confiança maioritári­a do Povo Madeirense, tem de ser Autonomist­a e não pode andar aos beijos com o fascismo comunista, nem sujeito a controlo e controleir­os externos.

Perceba que tem de contribuir para uma Unidade Nacional a sério, e não para uma comédia tragicamen­te colonialis­ta.

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