Retiro do clero diocesano é orientado pelo padre Nuno
É jesuíta, concluiu a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica, mas a determinada altura ficou claro que queria ser padre e a partir daí nunca mais teve dúvidas.
O padre Nuno Tovar de Lemos orienta o 3º turno do retiro do Clero da Diocese do Funchal, a partir de hoje até 10 de setembro, na Casa de Retiros do Terreiro da Luta.
A diocese informa que o padre jesuíta convidado para orientar o retiro estudou Teologia nos Estados Unidos da América, tendo obtido o grau de ‘master of divinity’ pela Weston School of Theology de Cambridge e licenciou-se em Teologia Fundamental em Itália, na Universidade Gregoriana de Roma.
O padre Nuno nasceu em Lisboa a 3 de outubro de 1960, de São Sebastião da Pedreira, no seio de uma família composta ainda por duas irmãs mais novas. Foi ordenado, sacerdote a 1 de julho de 1995, com 34 anos, no Colégio das Caldinhas, em Santo Tirso. Fez parte da sua formação em Braga, e fez ainda um estágio em Angola, onde esteve dois anos. Depois de ordenado, esteve seis mese na Venezuela e um mês no Brasil.
A mesma informação destaca que o padre jesuíta é autor do livro "O príncipe e a lavadeira".
Nesta mesma publicação, há um link que remete os seguidores da página da Diocese, para uma entrevista publicada na ‘Folha de
Domingo’, onde o sacerdote fala da vocação e do seu percurso.
Abrimos o link, ficamos a saber que o sacerdote “pensava ser engenheiro aeronáutico”, por causa da paixão que tinha pelos aviões, adquirida na adolescência por causa das viagens que realizou, assumindo que a meio do curso o gosto pela aviação esmoreceu, e a eletrotecnia ganhava mais importância.
Recorda, que no segundo ano do curso, foi convidado a participar num retiro de jovens, inspirado no Movimento dos Cursos de Cristandade. Revela que esta participação “foi muito importante”, diz ao ‘Folha de Domingo’.
Mais tarde, surge novo convite propondo a realização de Exercícios Espirituais, promovidos pelos sacerdotes da Companhia de Jesus (jesuítas), revelando que “Foi ótimo porque eu estava numa crise enorme de fé”, lembra, garantindo que “não estava nada a pensar ser padre”.
Concluiu a licenciatura, já tinha trabalho e o casamento fazia parte dos planos.
Continuando a ler a entrevista, ficamos a saber que o padre Nuno “nunca” tinha pensado em ser padre, no entanto, a opção vocacional surgiu no processo de discernimento, antes de iniciar a caminhada como jesuíta com 24 anos. “A determinada altura foi claro que era isto que Deus queria de mim. A partir daí nunca tive nenhuma dúvida”, refere.
Está no Algarve desde 2016 para integrar a comunidade jesuíta algarvia de Nossa Senhora da Estrada, da qual é atualmente o superior.
A finalizar, o padre Nuno Tovar garante que voltava a fazer “tudo igualzinho” e vinca que ser padre “é uma sorte, sobretudo pela entrega a Jesus” e que não trocava a vocação “por nada deste mundo”, conta.