Prémio Maria Aurora recebe 12 candidaturas
O Prémio Maria Aurora, instituído pela Câmara Municipal do Funchal, em 2014, perpetua o nome da jornalista, escritora e defensora dos direitos das mulheres.
Doze projetos candidataram-se este ano ao Prémio Municipal Maria Aurora, que vai na 7.ª edição. Os vencedores serão distinguidos na Semana Municipal da Igualdade, evento que anualmente faz parte do calendário municipal, instituído pelo atual executivo, e que será assinalada no próximo mês de outubro (já depois das eleições autárquicas que acontecem a 26 de setembro).
As inscrições foram estendidas até ao passado dia 31. Os interessados tiveram de apresentar uma ficha de inscrição, disponível no site do município, em simultâneo com a entrega do projeto, que obrigatoriamente é entregue sob pseudónimo, num sobrescrito opaco fechado.
No ano passado, a jornalista madeirense e autora de alguns livros já publicados sobre direitos humanos e exclusão social, Ana Cristina Pereira, foi a vencedora do prémio, com o trabalho 'Descascando o tempo das mulheres para uma inclusiva história da Madeira'.o prémio pecuniário, de 3000 mil euros, foi entregue pelo presidente da autarquia em sessão realizada nos Paços do Concelho (foto).
De acordo com a natureza e as regras deste galardão, os participantes no PMMA tiveram, segundo a autarquia, “a liberdade total para submeter trabalhos de diferentes formatos, nomeadamente estudos, investigações, reportagens, curtas-metragens, brochuras, livros ou vídeos, entre outros”. A entidade promotora realça que são “bem-vindas propostas que contemplem a criatividade, a irreverência e o recurso a novas ferramentas de comunicação”.
Os dados estão lançados, decorrendo agora o período de avaliação dos trabalhos por parte do júri. As 12 candidaturas, segundo o Gabinete de Comunicação questionado pelo JM, “estão em linha com os anos anteriores”, em termos de número.
Este prémio enquadra-se no Plano Municipal para a Igualdade (cuja revisão foi aprovada no ano passado), sendo “bastante simbólico” e uma oportunidade para a promoção de trabalhos de relevo dentro da temática da igualdade, vindos dos mais variados quadrantes. Dentro desta estratégia municipal, recorda a mesma fonte, foi criado um Dia Municipal para a Igualdade e foi criado o lugar de Conselheira Municipal para a Igualdade, cargo desempenhado, a título gracioso, por Guida Vieira.
Uma centena de ações
Recorde-se que o Funchal recebeu, no fim do ano passado, uma Menção Honrosa da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), no âmbito da 5.ª edição do Prémio ‘Viver em Igualdade’, uma iniciativa bienal, promovida pela CIG, organismo tutelado pela Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, na direta dependência da Presidência do Conselho de Ministros.
No global, desde 2014, o Município, atualmente liderado por Miguel Silva Gouveia, promoveu cerca de uma centena de ações no âmbito da promoção da Igualdade de Género, envolvendo um universo de mais de 22 mil participantes. Foram ainda produzidos mais de uma dezena de materiais de apoio na sensibilização das temáticas em torno da igualdade, da inclusão e da não-discriminação.
Recorde-se que o galardão criado em 2014 pela CMF teve por objetivo “perpetuar o nome de Maria Aurora, jornalista, escritora, e uma defensora incontornável dos direitos das mulheres”
“A continuidade da iniciativa pretende assim promover junto da sociedade o debate e a reflexão sobre a temática, dando visibilidade a um assunto fulcral para a existência de uma cidade “que respeita e valoriza o papel da mulher, sem a discriminar”, realçou a vereadora Madalena Nunes, aquando do anúncio da edição de 2021.