Jornal Madeira

Alunos esperam que este seja o ano da normalizaç­ão da vida estudantil

Apesar de satisfeito­s pelo regresso às aulas, depois das férias, os alunos do ensino secundário preferiam que a testagem de despiste acontecess­e antes do início do ano letivo.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

O dia amanheceu chuvoso, o que já indiciava que a circulação automóvel seria mais lenta, agravada ainda pelo regresso de largas centenas de alunos às escolas com ensino secundário, que se juntam assim aos alunos do ensino básico que iniciaram as aulas na semana passada.

De qualquer modo, e como neste ano letivo se mantêm os horários desfasados, a situação não se tornou crítica no Funchal, apesar de ser na quinta-feira que se deverá perceber melhor a dinâmica do trânsito com o regresso dos alunos das duas escolas secundária­s do Funchal, a Jaime Moniz e a Francisco Franco, que totalizam mais de quatro mil estudantes.

Ontem, notava-se, junto de alguns alunos que havia vontade de regressar às aulas, como se constatou na Escola Básica e Secundária dr. Ângelo Augusto da Silva, onde mais de 400 estudantes frequentam este ciclo de ensino. Das escolas que abriram o secundário nesta segunda-feira, há a apontar, por exemplo, as de Machico, de Santa Cruz, Calheta, Porto Santo e Escola do Carmo (Câmara de Lobos).

João Mendonça, aluno do 12º ano do curso profission­al de Moda e Design da escola da ‘Levada’, admite que gostou das férias e que nem pensou muito no novo ano letivo, mas esperava que continuass­e a ser presencial como aconteceu no ano anterior, uma vez que os cursos profission­ais se mantiveram neste formato, mesmo quando os restantes alunos do 3º ciclo e secundário estudaram a partir de casa.

Interrompe­ndo a conversa com os amigos, para falar com o JM, o jovem mostrou-se confiante de que o ano agora em curso será positivo e que será possível voltar ao normal, já que a pandemia está mais controlada, com a maior parte das pessoas já vacinadas, como é o seu caso e a grande maioria dos professore­s e pessoal não docente. Contudo, tem colegas que ainda não foram inoculados. A única crítica que deixou tem a ver com a testagem, que considera tardia. A seu ver, devia acontecer antes do início das aulas, mas os alunos da ‘Ângelo Augusto da Silva’ serão testados já com o ano letivo a decorrer.

Já Joana Sousa, do 11º ano, disse ao nosso Jornal que estava expetante em relação ao novo ano, que espera que seja o regresso à vida normal de estudante, na escola, com os colegas e professore­s, mas consciente de que a normalidad­e nunca será igual a antes da pandemia. “Temos novas regras cá dentro da escola”, comentou, esperando que, “pelo menos a máscara deixe de ser obrigatóri­a”

A jovem, que também já foi vacinada, “logo nos primeiros dias”, está confiante de que, com a população vacinada e a comunidade educativa testada, será possível manter todos os alunos nas salas de aulas, e que serão poucos os casos positivos nas escolas. A testagem de despiste deverá manter “todos mais seguros”, disse ainda.

Até à próxima quinta-feira, são esperados mais de oito mil alunos do ensino secundário nas escolas da Região, fechando-se dessa forma o corpo estudantil deste ano, relativame­nte aos ensinos básico e secundário. No total, serão cerca de 40 mil estudantes durante 2021/22.

A Universida­de da Madeira inicia o novo ano letivo em outubro.

Os alunos ouvidos pelo JM preferiam ser testados à covid-19 antes do início do ano letivo.

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No Funchal, a Escola dr. Ângelo Augusto da Silva recebeu ontem os alunos do secundário.

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