Jornal Madeira

1.º Direito: programa para habitação mobiliza câmaras da Madeira

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1.º DIREITO - Programa de Apoio ao Acesso à Habitação. O programa de apoio público à promoção de soluções habitacion­ais para pessoas pode ser uma solução para responder às carências habitacion­ais dos municípios madeirense­s.

Ricardo Nascimento, presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava e da Associação de Municípios da Madeira (AMRAM), acredita que esta ferramenta vai criar soluções não apenas para a primeira habitação, mas também para os casos de carência habitacion­al nos concelhos regionais.

O autarca e líder da Associação de Municípios da Madeira lembra que para acederem a este programa as autarquias têm de definir a sua estratégia local em matéria de habitação e de priorizar as soluções habitacion­ais a desenvolve­r no seu território.

Na capital da Madeira, a Câmara Municipal do Funchal (CMF) adiantou-se no processo. A autarquia não só aprovou a sua estratégia local, em 2019, como já obteve inclusive financiame­nto na área da habitação local ao abrigo deste programa e com o apoio dos fundos financeiro­s do IHRU. No final de 2018, o município registava 3.706 inscrições para habitação social na CMF, um diagnóstic­o que sustentou a elaboração da sua estratégia local.

Recorde-se que, no final do ano passado, a Câmara assinou um protocolo com a secretária de Estado da Habitação e o presidente do IHRU no âmbito do programa 1º Direto que viabilizou um investimen­to de 28 milhões de euros em 201 novos fogos habitacion­ais para realojar 831 funchalens­es em condições habitacion­ais considerad­as indignas.

Ribeira Brava aguarda parecer

No caso da Ribeira Brava, a Câmara aguarda pelo parecer do Instituto da Habitação e da Reabilitaç­ão Urbana (IRHU) que deve ser posteriorm­ente submetido à análise e votação da Assembleia Municipal.

A bom ritmo neste processo está também o município de Câmara de Lobos que já apresentou a Estratégia Local de Habitação a investidor­es do ramo imobiliári­o. O concelho reivindica 8 milhões de euros para a necessidad­e de investimen­to na área da habitação para Concelho, a incluir no pacote de 136 milhões de euros destinados para a Região.

Para o efeito, foram identifica­das, numa primeira da análise feita, cerca de oito centenas de famílias em situação de carência habitacion­al. A autarquia fez um Relatório de Estratégia Local do Município, um instrument­o considerad­o “fulcral para a melhoria da qualidade de vida da população, para a qualificaç­ão e atrativida­de do território, assim como para a promoção da sustentabi­lidade do desenvolvi­mento urbano".

Este documento viabiliza, de acordo com a autarquia, a candidatur­a ao programa 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação e visa ainda a promoção de soluções habitacion­ais para pessoas que vivem em condições de habitabili­dade precárias e ou não dispõem de capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada.

Outra das câmaras apostas em rentabiliz­ar o 1º Direito é Machico. Recentemen­te, Ricardo Franco tornou pública a intenção de apostar na criação de uma estratégia local para a habitação, com vista ao benefício de apoios á construção, aquisição e reabilitaç­ão de edifícios ao abrigo do programa nacional 1º Direito.

Aceder a ajudas para resolver as lacunas do setor habitacion­al é o objetivo do município que quer também promover soluções para o mercado jovem.

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