Largo da Achada devolvido aos populares com nova imagem
Depois da polémica inicial que se gerou em torno da requalificação do Largo da Achada, na Camacha, com muitos populares a mostrarem desagrado face aos procedimentos nos quais o projeto se baseou, reivindicando transparência na divulgação do mesmo, é chegada a hora de ver o resultado final que, à semelhança do protótipo, parece não ter convencido. Isto a avaliar pelos inúmeros comentários que circulam nas redes sociais com vários cidadãos a relembrarem ainda a ocultação da maquete dos principais interessados, neste caso os camachenses. Conforme noticiámos em altura oportuna, foi criada, inclusive, uma petição para consulta e revisão da obra.
Apesar da ‘inauguração’ acontecer só hoje, são muitos os que por estes dias por lá têm passado e aproveitado para captar algumas imagens. Raimundo Quintal foi uma das pessoas que, nas redes sociais, divulgou fotos do património arbóreo do renovado Largo, onde não é possível observar a raiz das árvores. Apenas os troncos completamente cobertos pelo solo. Face a esta “barbaridade”, como classificou, o botânico deixou um recado ao executivo camarário, liderado por Filipe Sousa, a pedir “caldeiras em torno dos troncos das árvores e dos arbustos”.
CMSC desvaloriza declarações
Pedido que, conforme apurámos, não vai ser atendido. “O Dr. Raimundo Quintal quis fazer o número dele”. Esta é a posição da CMSC que, deste modo, vem refutar a apreciação do botânico.
De acordo com fonte do gabinete da presidência da autarquia, não há razão para alarmismos. Não só porque a obra ficou a cargo de empresas especializadas, tendo sido realizados pareceres técnicos, mas sobretudo porque o piso utilizado é feito à base de seixos de rio. Ora, esta característica faz com que o pavimento seja “completamente drenante e100% permeável”, fazendo com que as árvores possam receber água. Ademais, este material só é aconselhado a árvores adultas, como é o caso. Basicamente, esta escolha foi “uma questão de segurança para que o solo ficasse realmente normalizado e as pessoas não tropeçassem em clareiras”, assegurou a mesma fonte que fez questão de frisar que a situação verificada corresponde a uma “parte” reduzida, pelo que a maioria das árvores estão situadas em jardins.