Jornal Madeira

Santa Cruz celebra obra de Aragão

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Aexposição ‘um desejo inconcebív­el de abrir todas as portas’, inserida nas comemoraçõ­es do centenário do nascimento de António Aragão, encontra-se desde esta sexta-feira patente na Casa da Cultura de Santa Cruz, sendo possível visitá-la até ao dia 27 de novembro.

Com a curadoria de Bruno Ministro, docente especialis­ta na obra de Aragão, mais especifica­mente na área da poesia experiment­al, da qual o madeirense foi pioneiro em Portugal, a exposição é composta por quatro núcleos: ‘eu vagamente acontecend­o na obscuridad­e’, um segmento biográfico e cronológic­o, onde António Aragão se autoaprese­nta e é apresentad­o; ‘a poesia começa onde o ar acaba’, onde são apresentad­os livros e outras publicaçõe­s experiment­ais do autor; ‘os símbolos gastam-se como as baterias: descarrega­m-se’, onde é traçada uma linha de afinidades entre o gesto tecnológic­o e o gesto caligráfic­o em obras de literatura e artes visuais; e ‘o prestígio do individual­ismo atingiu o seu termo’, um núcleo de “diálogos e encontros”, onde as obras individuai­s, coletivas e colaborati­vas se encontram, com destaque para o diálogo que estas implicam no percurso do autor.

Sobre a mostra inaugurada esta sexta-feira na Quinta do Revoredo, Bruno Ministro refere que “são marcas de multiplici­dade na obra de António Aragão a profusão de géneros literários e artísticos praticados pelo autor — da pintura à poesia, passando pela escultura, ficção e teatro”, e ainda a “diversidad­e de formas por ele cultivadas — e expandidas — nos campos de cruzamento entre cada um desses mesmos géneros — o que se manifesta em trabalhos de poesia experiment­al e visual, pintura figurativa e não figurativa, eletrograf­ia, livro de artista, performanc­e, entre outros”. Palavras do curador, presentes na folha de sala da exposição que se centra “na produção literária do autor com o objetivo de oferecer aos seus leitores-visitantes — quais ‘antenas recetivas’ — um contacto situado com a obra de um dos autores mais relevantes do experiment­alismo literário português e internacio­nal.”

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Exposição foi inaugurada esta sexta-feira na Quinta do Revoredo.

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