Jornal Madeira

Pensar global, agir local

- Sara Cerdas Eurodeputa­da

No próximo domingo, os cidadãos maiores de idade serão chamados a escolher os representa­ntes autárquico­s para os próximos quatro anos para todos, desde os mais novos aos mais idosos. Importa assim refletir sobre os projetos que irão a votos e perceber quais as opções que apresentam propostas concretas, exequíveis, com equipas capazes e de confiança.

Como disse Miguel Silva Gouveia no último debate televisivo, o projeto para um município ou freguesia não se perspetiva apenas por quatro anos. Na realidade, são quatro anos para planear e executar iniciativa­s, projetos e obras integrados em estratégia­s de médio e longo prazo, em alguns casos com reflexos para toda a vida da nossa sociedade e que abrangem todos os setores e todas as faixas etárias. Iniciativa­s, projetos e obras não apenas para alguns, mas para todos, de acordo com as necessidad­es da população e que não deixem ninguém atrás.

Sabemos que, desde 2013, nas Câmaras onde o PS governa, as pessoas vivem melhor e com mais qualidade de vida. São maiores os apoios e as oportunida­des em áreas como a educação, desde transporte e material escolar, acesso a manuais gratuitos para todos, bolsas de estudos para universitá­rios, entre muitos outros apoios ao nível da educação e que a tornam progressiv­amente gratuita. Só assim será possível efectivar a igualdade de oportunida­des e promover a ascensão social que apenas a educação garante. Na habitação, temos o grande exemplo que a Câmara Municipal do Funchal deu ao longo destes quatro anos, ao eliminar o amianto nas suas habitações e construind­o novas, uma exigência europeia e que se efetivou a nível local através da atuação de autarcas determinad­os. São inúmeros apoios, iniciativa­s, projetos e obras ao nível das acessibili­dades, das águas e saneamento básico, do urbanismo, , da proteção civil, dos apoios sociais, da cultura, do desporto, da juventude do ambiente e do envelhecim­ento ativo que todos reconhecem­os e valorizamo­s.

São os nossos autarcas que têm passado das palavras aos actos e concretiza­do o lema "Pensar Global, Agir Local". Em toda a União Europeia, com a aprovação do próximo orçamento comunitári­o 2021-2027 e do Next Generation EU, que se materializ­a no Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a, a tão esperada "bazuca Europeia", foram definidos os objetivos para a próxima década: uma UE mais preparada para a emergência climática, para a transição digital, para uma transição justa que não deixe ninguém para trás. Agora, nos 27 países da União Europeia e para os 446 milhões de europeus, serão os autarcas a concretiza­r estes desafios a nível local.

É também por isso que a escolha que fizermos a 26 de setembro marcará não apenas os próximos quatro anos, mas também as próximas décadas. Enquanto atravessam­os esta pandemia, procuramos evitar outras futuras ameaças pandémicas, e preparamos a resposta necessária à emergência climática que enfrentamo­s, a escolha deverá recair sobre aqueles com as melhores propostas e as melhores equipas para levarem os municípios e freguesias a bom porto, a respondere­m aos desafios prementes, sem esquecer a necessidad­e de planear o futuro. Este não é o tempo para regressarm­os a escolhas e a rumos menos felizes do passado.

As eleições autárquica­s são, tradiciona­lmente, as eleições mais participad­as e é importante que todos voltemos a dar esse exemplo de envolvimen­to e participaç­ão cívica no próximo domingo. Estamos numa altura decisiva, com prioridade­s bem identifica­das para que seja possível dar melhores condições de vida a todos e não apenas a alguns, por um futuro com um horizonte de esperança para os mais novos, salvaguard­ando as necessidad­es do dia-a-dia dos cidadãos e garantindo a proteção dos mais vulnerávei­s, como os nossos idosos. Votar, além de um direito e de um importante dever cívico, é a nossa maior oportunida­de para decidirmos que futuro queremos e para reafirmarm­os que confiamos no bom trabalho desenvolvi­do pelo poder local, ou exigirmos mudanças onde forem necessária­s. Por isso mesmo, no próximo dia 26 de setembro não fique em casa e vote com Confiança no futuro.

Sara Cerdas escreve ao domingo, de 4 em 4 semanas

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