Jornal Madeira

Passado abrilhanto­u Camacha ‘de hoje’

Arrancou ontem a mostra etnográfic­a que, a evocar as tradições ancestrais, acabou por contagiar. No local, Eduardo Jesus enalteceu o rigor organizati­vo.

- Por Romina Barreto romina.barreto@jm-madeira.pt

Podia ser uma série de época madeirense, com lenhadores, pastores, lavadeiras ou trabalhado­res da obra de vimes envergando trajes datados a combinar com a sua profissão, mas a “Camacha de Ontem, Madeira de Sempre”, segunda edição do evento concebido pela ADESCA - Associação de Desenvolvi­mento Social e Cultural da Camacha, vai além disso. Baseado na vivência dos hábitos e costumes de outrora e intrinseca­mente associado à pretensão de transmitir este legado às novas gerações, a exposição assume-se como um quadro vivo onde, por este fim de semana, passarão mais de 400 figurantes a dar cor à Camacha que se engalanou a rigor para uma viagem aos séculos XIX e XX. Isto num dia em que nem a chuva afastou os populares e visitantes que, de telemóveis em punho, não perderam a oportunida­de de registar os momentos para a posteridad­e. A bem dizer, para revisitare­m até à próxima edição. Se possível, já com cortejo. A esse propósito, José Alberto Gonçalves, na qualidade de integrante da ADESCA, já fez saber que o desafio que se segue passa por “pensar numa simbiose entre o cortejo e estas fixações de postos”, revelou à nossa reportagem um dos impulsiona­dores desta iniciativa que se quer manter integrada no cartaz turístico da Região. E parece ter-se revelado certeira, uma vez que quem viu ficou “maravilhad­o”. Prova disso foi a visita do secretário regional de Turismo e Cultura.

Em representa­ção do executivo, Eduardo Jesus subiu à vila para dizer de sua justiça e, quiçá, manter o projeto, avançou a mesma fonte reiterando ser “um modelo que tem de ficar e todos são unânimes em dizer que merece estar no mapa dos eventos da Região”.

Por seu turno, o governante falou de um evento “invulgar” que “atrai a atenção de qualquer pessoa”.

Mostra divida em quatro polos

Relembrar ainda que a exposição está dividida por quatro polos. O primeiro a noroeste do Largo da Achada. O segundo no miradouro junto ao Café Relógio, e o ponto 3, esse, localizado na Quinta da Camacha. Já no adro da Igreja Matriz, encontra o quarto polo alusivo à vida quotidiana de então. Barracas dedicadas à gastronomi­a local também as há e os turistas que o digam. Não fossem as máscaras a cobrir os rostos dos participan­tes e qualquer um acreditava que tínhamos recuado no tempo. O périplo cultural prossegue hoje entre as 12h00 e as 20h00.

 ??  ??
 ??  ?? Retratos vivos convidam a viagem ao passado recente. GR atestou ‘in loco’.
Retratos vivos convidam a viagem ao passado recente. GR atestou ‘in loco’.
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal